O engenheiro "X", abastado proprietário rural, para além de amealhar dinheiro coleccionava, imagine-se, cavalos...Coisa pouca... Só que almejava te-los de todas as raças mais nobres. Estava quase lá, mas faltava-lhe um que, por azar, el
e sabia existir na coudelaria do vizinho.
Enfim, e para encurtar razões, mais milhar menos milhar, acabou por comprar o desejado cavalo que, por acaso, dias depois de mudar de casa adoecia, segundo o veterinário, com uma virose lhe sería necessário debelar no prazo de três dias para evitar o contágio dos outros cavalos, conversa esta atentamente escutada pelo por porco "Xinfrim"...Depois da primeira dose do remédio o cavalo não deu sinais de melhoras e, roncando baixinho, o Xinfrim foi até ele e segredou-lhe:
e sabia existir na coudelaria do vizinho.Enfim, e para encurtar razões, mais milhar menos milhar, acabou por comprar o desejado cavalo que, por acaso, dias depois de mudar de casa adoecia, segundo o veterinário, com uma virose lhe sería necessário debelar no prazo de três dias para evitar o contágio dos outros cavalos, conversa esta atentamente escutada pelo por porco "Xinfrim"...Depois da primeira dose do remédio o cavalo não deu sinais de melhoras e, roncando baixinho, o Xinfrim foi até ele e segredou-lhe:
-Eh pá, vê lá se animas e te pões a pé ou, já sabes, enfiam-te uma bala na cabeça, como nos filmes de cóbois... Anda lá, mexe-te!
O pior é que, no segundo dia, depois da segunda dose, o cavalo ainda parecia pior...E, o Xinfrim:
-Então, ó meu! Levanta-te! Anda lá que eu ajudo-te!
E o cavalo, nada. Então, no terceiro dia, depois da última dose do medicamento e de o veterinário ter repetido a ameaça de abate para o dia seguinte se o animal não melhorasse durante a noite, o Xinfrim fez uma última e desesperada tentativa para reanimar o belo cavalo e tanto lhe disse, tanto insistiu, tanto chorou, tanta força fez para o obrigar a levantar-se, que o doente resfolegou três vezes, estremeceu-lhe todo o corpo, sacudiu a cabeça fazendo esvoaçar a belíssima crina, levantou-se, relinchou para o ar e saiu a galope, sob o olhar espantado do dono
que gritava a plenos pulmões:
-Milagre, o meu cavalo está salvo! Milagre, vamos fazer um churrasco! Milagre, matem o porco!!!
Pois é...A velha questão de mal haver por bem fazer...Uma daquelas injustiças de que a nossa vida do dia-a-dia está repleta a todos os níveis do relacionamento social... Só interessa saber do resultado final e não do esforço que exigiu.Os grandes e poderosos são os detentores da razão e dos seus louros.
Todo o mundo se esquece de que foram, decerto, amadores, que conceberam a Arca de Noé e foram os melhores engenheiros que conceberam o Titanic!
Zito Azevedo
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