Estas belezas de protozoários chamam-se "TOXOPLASMAS GONDII" e costumam acomodar-se numa única célula nos intestinos dos gatos de onde, ocasionalmente, são expulsos por motivos e em condições que não parece necessário especificar.
Uma vez em liberdade, os toxoplasmas têm um horizonte de vida da ordem dos 18 meses e, dado o seu tamanho e peso quáse nulos, disseminam-se fácilmente pelos campos por acção do vento e da chuva transformando-se em alimento muito apreciado pelos ratos que, como se sabe, não nutrem especial apreço pelos gatos... O microscópico bichinho costuma alojar-se nos músculos, nervos e cérebro dos hospedeiros e é responsável por uma alteração de comportamento dos ratos que os leva, imagine-se, a apreciar o cheiro dos gatos. Esta perigosa paixão acaba por transformar os ratos infectados em presas aínda mais fáceis dos gatos, completando-se, assim, o ciclo existencial do toxoplasma como seu regresso às origens.
Claro que, se a história terminasse aqui a coisa, embora tenha a sua graça, não passaria disso mesmo - de uma coisa com graça... Só que, nas suas deambulações pelos campos, os toxoplasmas não são engeridos, apenas, pelos ratos e uma quantidade apreciável deles acaba nos músculos, nervos e miolos dos animais que pastam, como, por exemplo, as vacas... Daí ao nosso prato é um passo curtíssimo e calcula-se que, só nos Estados Unidos, existam para cima de 60.000 afectados pela TOXOPLASMOSE, ocasionada, sobretudo, pela ingestão de carne mal cozinhada ou mal passada, no caso dos grelhados. Nos humanos, o bichinho aloja-se, preferentemente, no cérebro onde desenvolve quistos imunes a qualquer tratamento médico. Os ultimos estudos efectuados confirmam, para já, ligeiras alterações do comportamento mas, a longo prazo, não se sabe aínda que outras influencias podem tais quistos ter na saúde dos portadores de toxoplamas.
É bem uma ameaça invisivel !
Zito Azevedo-----Foto: Wikip.
Sem comentários:
Enviar um comentário