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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O CULTO DA PERSONALIDADE


Vêm aí as eleições e a poluição visual já começou... Na avenida de Berna, ali para os lados do Campo Pequeno, em Lisboa, as forças políticas deram à luz uns cartazes enormíssimos com umas palavrinhas de circunstância e as caras gigantescas de conhecidas figuras do nosso carnaval político, uma espécie de arremedo daqueles panejamentos monumentais com que os soviéticos costumavam engalanar a Praça Vermelha em dia de desfile militar e que tinham pintadas a rigor as caras mais ou menos grotescas dos políticos vermelhos e rançosos da época, olhando os servos lá do alto como deuses de um olimpo de pacotilha...Era, dizia-se, O CULTO DA PERSONALIDADE, em que o importante era endeusar as figuras do partido como se fossem génios intocáveis, senhores da verdade e do poder, da vida e da morte...E, claro, quando um semi-deus, ainda por cima, promete a todos, todo o leite e todo o mel do Universo, mais de meio caminho está andado para os papalvos irem a correr engrossar as fileiras do partido representado por aquelas caras que, afinal, não se respeitam, apenas se temem...
Os historiadores dizem que a História não se repete, mas que as coisas começam a ficar muito parecidas com cenas "dejá vue", lá isso é verdade...
Os nossos políticos necessitam, urgentemente, de lavar a cara!

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