A minúcia do espectro politico é tão particular que, por vezes dá a sensação de estarmos a falar de tácticas futebolísticas: extrema-esquerda, extrema-direita, cento, esquerda, direita, centro esquerda, centro direita...Esta inflação de coordenadas tem o condão de estreitar, cada vez mais, a dimensão das caracteristicas que distinguem os brancos dos pretos e estes dos cinzentos, claros e escuros. Mas se, por exemplo, o que separa um politico do centro-esquerda de outro do centro-direita deve ser pouco mais do que insignificante, já o que coloca dois políticos nos antípodas do espectro - extrema-esquerda e estrema-direita - deve ser bastante e significativo ao ponto de os colocar a ter visões perfeitamente antagónicas sobre a mesma questão, como se fosse possível pessoas inteligentes, como alguns aparecem ser, estarem convencidas que de uma determinada acção pode resultar uma determinada reacção e, ao mesmo tempo, a sua contrária! Em física, pelo menos, isso é impossível e só não o é para os políticos porque, nitidamente, estes colocam as suas convicções políticas acima de tudo e, quando dizemos tudo queremos dizer isso mesmo, tudo, inclusivamente os superiores interesses da Nação e do Estado! Quando, nos anos 30 do século passado a Alemanha se debatia com extremismos deste género e uma inflação galopante, nasceu o Nacional Socialismo, parido por esse grande educador da classe operária, Adolf Hitler...Ponham as barbas de molho, senhores extremistas da era moderna!---oooOooo---
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