Falar de circo à sombra da marreta, pode ser estranho, até porque a figura também estará ligada à ideia de "construção" e, ainda bem, porque, o que aconteceu neste Congresso do P.S. foi precisamente uma espécie de mega-comício, onde as bandeiras do PS foram raras e todos os falatantes se atitaram, de marreta em punho contra a oposição, da direita à esquerda e fogo cerrado sobre o centro, tentando destruir tudo e todos e, à custa dessa destruição, construir uma espécie de renascimento das cinzas de um PS aos saltos mortais...
O tom triunfalista, sectário, redundante, repetitivo à exaustão de ideias fixas e ligadas a um passado recente que deram os resultados que se viram, tudo, neste congresso-comício, transpirava o inverso daquilo que as autoridades comunitárias esperam dos partidos nacionais: concenso â volta das regras que serão negociadas entre as autoridades portuguesas, o FEED e o FMI e não manifestações ostensivas e não raro ofensivas do partido que, origem de um governo julgado e condenado, deveria dar um exemplo de contenção, de espírito de cooperação, de patriotismo, enfim...Porque, afinal, o que o PS e seus oradores fizeram durante estes dois dias foi aquilo, precisamente, de que acusaram todos os seus antagonistas políticos: tudo o que disseram e fizeram teve como intenção o empolamento do valor e do conteúdo programatico do PARTIDO, com os verdadeiros problemas do país relegados para planos de roda-pé...
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