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segunda-feira, 19 de março de 2012

RESPEITO, É PRECISO...

Há algum tempo a UEFA lançou uma campanha para que o "respeito" se transformasse  num primado comportamental nos estádios de futebol, em que todos os intervenientes - jogadores, dirigentes, juízes, assistentes, funcionários e forças de segurança - se devem conduzir, mesmo no auge da luta, de forma civilizada, coerente, dentro dos limites do respeito pela pessoa humana, única forma de se obter o mesmo retorno de respeito por parte dos nossos antagonistas.
Não é de estranhar esta campanha quando, a nível social, se nota uma cada vez maior distanciação do cidadão comum dos deveres que o respeito mútuo deveria impor e de veria ser paradigma do nosso relacionamento.
Aliás, a cada vez maior distanciação das pessoas de um comportamento minimamente urbano poderá radicar nos maus exemplos que vêm de cima quando, por exemplo, na Assembleia da Republica os deputados se insultam mutuamente, apelidando-se de ladrões, mentirosos, incompetentes, oportunistas, tachistas, vendidos, inimigos do povo, fascistas...Os próprios membros do Governo não se conseguem furtar a mimos deste tipo e, por vezes, a troca de argumentos mais se assemelha a uma discussão de párias numa qualquer tasca de bairro duvidoso, do que a esgrima de pontos de vista apoiados em bases lúcidas, de educada, respeitadora dos direitos alheios que nunca são superiores aos nossos e, sobretudo, ditados pelos interesses do bem comum e nunca como se fôssemos donos da  única verdade, da única virtude...
Neste País, o Chefe do Governo deixou de ser o Senhor Primeiro Ministro para ser o Passos Coelho, o Senhor Presidente da Republica, passou a ser o Cavaco Silva...Não é que para nós e, se calhar, nem para eles, isso seja de grande importância mas, no mínimo, tem um significado: o de que se respeitam as Instituições e as pessoas que a maioria dos portugueses escolheram para as conduzir...Ao desrespeitar de forma maldosa, preconceituosa, gratuita e não raro totalmente esganosa, os eleitos do povo, está-se a faltar ao respeito a esse mesmo povo, de cujos interesses e direitos nos apelidamos de paladinos...Haja respeito, meus senhores, sejam homens dignos desse estatuto!

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