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sábado, 14 de julho de 2012

DEDICADO A MRVADAZ - II ...


A ilha de S. Antão deve ser responsável por os humanos terem olhos...Não seria justo criar tanta beleza e depois deixá-la por lá, ignorada...É um espectáculo de grandeza telúrica, escarpas imensas, vales profundos, estradas impossíveis...Há muito tempo, cheguei a comer camarões de ribeira e S.Vicente deve muito da sua subsistencia à ilha vizinha, de onde vem a água, (pelo menos, vinha...), as verduras, as frutas e, claro o bom destilado da cana, o grogue que anima a malta, aquece os corpos e faz esquecer as agruras da vida...Santo-Antão, a ilha monumento!



A Ribeira Brava era uma vilasinha esperguiçando-se ao longo de um vasto vale o que, em certos lugares lhe dava o aspecto 
de presépio, numa ilha - S.Nicolau - de orografia difícil mas povoada de gente linda e hospitaleira com fama de letrada, herança do velho e célebre Seminário. São célebres os percebes de S.Nicolau, dos mais saborosos e maiores que já me foi dado degustar. Não esquecer, no entanto, o "Molho de Manuel António".


Este é o actual aspecto do Hotel Atlântico, nos Espargos, Ilha do Sal, profunda remodelação do antigo e único Hotel que havia na ilha, construído pelos italianos como, de resto, a primeira pista do aeroporto. Isto foi durante a ultima Grande Guerra, numa altura em que a Itália era aliada da Alemanha de Hitler e dizia-se que toda essas obras eram para esconder a "importação" de gasolina que, às escondidas, era fornecida a submarinos alemães, ao largo de Pedra-de-Lume... O Sal tem histórias interessantes de contar como a de ter sido considerada a zona de maior consumo de whisky, per capita, em todo o Mundo, aí pelos anos 60 do séc. XX...A água, na altura, era efectivamente, intragável!
Continua...

1 comentário:

  1. Como escrevi no primeiro post, a norte, elegi Santo Antão como prioridade - gosto imenso das montanhas!

    Confesso que se tivesse a oportunidade de estar em Cabo Verde neste momento, dedicaria uma semana para fazer um tour às ilhas; não é tade, sei, mas depois destes posts o comentários aqui no Arrozcatum, tomei a consciência do tamanho dos meus limites.

    Um grande abraço,

    P.S. Não estou a desculpar-me mas acho que existem muitos outros cabo-verdianos na minha situação ou piores.

    Hei-de beijar o monte cara!

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