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segunda-feira, 16 de julho de 2012

ERA UMA VEZ, ANGOLA - VII ...


Ao longo de tantos quilómetros de linha de caminho de ferro, são variadas as paisagens muito embora não haja grandes desníveis a vencer, ao longo de toda a viagem...A maior parte dela é feita com a linha assente sobre aterro, através das planícies imensas. Muito desse aterro era compactado, imagine-se, com abacaxis que dizem ter uma raiz irradiante e, portanto, óptima para compactar terrenos. Outra curiosidade, denunciada por senhora idosa que durante a viagem não se cansou de me ajudar a entender os "segredos" de África, é que a linha do C.F.Benguela, em determinada altura de uma recta de muitos e muitos quilómetros, faz uma súbita curva à direita sem nada que o justifique pois o terreno é todo plano  a perder de vista. Foram os engenheiros ingleses que supervisionaram a implantação da linha que a isso terão obrigado, evitando, assim, que Angola tivesse ficado com a maior recta de caminho de ferro do mundo...Invejosos!



Enfim, com mais ou menos curvas, lá nos íamos aproximando do nosso destino, passando por pequenos povoados ou simples aglomerados de cubatas, umas sobre estacas, outras não e, quando parávamos, sabia bem descer do comboio, por momentos e compra um abacaxi ou meia-dúzia de maracujás que, mais tarde, fariam as nossos delícias ao jantar. A ultima destas paragens mais prolongadas seria no Luso, capital da Província do Moxico, a que pertencia a Circunscrição Administrativa a que eu me dirigia.


A nossa próxima paragem seria a ultima, em Vila Teixeira de Sousa, a escassos quilómetros do, então, Congo Belga e o seu riquíssimo Katanga, em cuja cidade do Dilolo conheci uma figura célebre da História de África: Moyses Tchombé!
Continua...

3 comentários:

  1. Eu QUERO (nem mais!!!) este material publicado seja onde for. Aqui está muito bem, mas não chega. Memórias destas não podem ficar perdidas no éter da Internet. Não senhor, não podem mesmo. Se for em livro, fica desde já prometida a revisão de texto e um prefácio.

    Braça livresca,
    Djack

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  2. Cmo diria o brasuca "...assim Voce me deixa sem geito, Djack!"
    Tô pensando...tô pensando...
    Zito

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  3. Olhaí ó Zito, pô, cê tem qui trabalhá pa consigui essi desiderato. Stil você tem, agora falta tu pegá no computadô e puxá pela mimória.

    Tô ti espêrando! Quando tu acabá eu tô aqui. Morou, cara?

    Um abração
    Jôaquim

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