A Magna-Carta, de João-Sem-Terra (Inglaterra, 1215)
Como demonstra a gravura acima, Constituição é um conceito que a Europa já acarinhava há cerca de 800 anos, um instrumento "inventado" para delimitar os poderes dos Estados entregando-o os povos, através dos seus representantes eleitos, para além de dar forma legal às liberdades, direitos e garantias dos cidadãos.
Uma Constituição é, assim, uma espécie de retrato politico-económico-social de um povo, num contexto de sociedades em constantes mutações e que enfrentam problemas novos, fruto da sua própria evolução...
Em Portugal parece haver feridas cuja cura poderia beliscar a Constituição... Ora. na batalha de decidir se vamos ter o País que sonhamos ou o País que podemos e face aos resultados catastróficos a que os nossos sonhos nos levaram, parece não restarem dúvidas que há que colocar os pés no chão e partir para a luta...
Afinal, os mais acérrimos defensores da mais absoluta, total, cega e inquestionável constitucionalização do regime, são bem menos democráticos do que a própria Constituição que, reconhecendo as suas limitações prevê revisões das suas próprias entranhas...
Entre deixar ulcerar as feridas do regime e moldar a Constituição às realidades do tempo presente, não vejo onde possa morar a hesitação!
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