Agora que me abriste a porta da rua
Escancara-se-me o olhar em direcção ao mar
Venham daí os navios, o velame e a estopa
Que o vento é a alma que falta
A substância da alma indecisa
Rua de Lisboa descaíndo para o mar
Silenciada na mordaça avulsa
Nem o
meu grito já estala e crepita
Sou uma página atirada à sarjeta
O barco de papel voando
De janela em janela
À procura da arte de navegação
Retida na mortalha de antigos marinheiros
Que ainda sem bússola viajo nostálgico
Bebendo o fôlego perdido
Em cada uma destas imagens
silenciosas
E no entanto tão puras na sua
beleza
(29.Nov.2013 – 23:58)
Simples e belo.
ResponderEliminarOs grandes Homens são assim: descomplicados...
ResponderEliminarvixe, já me vejo nanica...rsrsrs
ResponderEliminar