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sábado, 28 de dezembro de 2013

(6332) - NOVE HORAS...NAS URGÊNCIAS!...



Nunca, como no passado dia 26, me apercebi da exacta dimensão da palavra "urgências", no que às ditas hospitalares diz respeito...
Na manhã desse dia, uma pessoa de família foi de ambulância para as Urgências do Hospital Amadora-Sintra, onde deu entrada pelas 10,19 hrs facto que, só por si, levou à emissão de uma factura de €18,00...Por ter sido transportada de ambulância, ganhou quatro horas de espera para ser submetida à triagem que é quanto, àquela hora, as muitas dezenas de pessoas amontoadas na recepção tinham que esperar...Foi-lhe atribuída a prioridade amarela - mais rápido só a cor de laranja - o que não evitou que só  fosse vista por uma médica às 14,30, quatro horas e onze minutos depois de ter entrado...nas urgências...
Cerca das 15.00 horas fez uma radiografia e submeteu-se às colheitas de sangue e urina para análises...Às 15,30 foi, de novo, chamada para os Raios X - mas era engano, claro!
Às 17,30 chegaram os resultados das análises ao sangue, com a informação de que a urina não tinha chegado ao laboratório...Alguém a tinha perdido pelo caminho...Foi colhida nova urina que ficou sobre o balcão meia hora, pois, conforme a própria informou, a funcionária encarregada do seu encaminhamento ainda não tinha tido tempo  para tal...Às 19,00 horas, não havendo nada a assinalar na radiografia, nas análises ao sangue e na da urina, a médica, brusca e mal encarada, deu alta à doente, que apresentava dores insistentes na zona lombar. Foi preciso a acompanhante pedir a uma enfermeira um comprimido que atenuasse o sofrimento da doente... Só havia...dos mais baratos, claro!
Cerca das 19,15 estávamos de regresso a casa, NOVE HORAS DEPOIS!!!
Durante tantas horas de espera deu para ver coisas, como os médicos em conversas intermináveis uns com os outros, a debandada geral na hora do almoço, os intervalos constantes para ir fumar um cigarro ou beber um cafézinho, enfim, tudo na maior das calmas num dia que, segundo diziam era atípico pelo  numero exagerado de pacientes que ocorreram aos serviços o que colocava a nu algumas insuficiências e descoordenações evidentes. De tal forma que as ambulâncias tinham que esperar tempos infinitos pela desocupação das suas macas por o Hospital as não ter em  numero suficiente para situações limite...Não devemos,  no entanto, deixar de referir, que, durante estas intermináveis nove horas, nos pareceu que os profissionais de enfermagem e pessoal auxiliar nos pareceu bem mais determinado, esforçado e humanizado do que o corpo médico, todos muito imbuídos do complexo de semi-deuses que parece ser apanágio da maioria dos clínicos deste país a quem mingua o espírito de missão que devia iluminar o seu desempenho!

2 comentários:

  1. Lamento o ocorrido e envio votos e energias Reiki para um pronto reestabelecimento.
    Infelizmente aí como oor cá, precisar de médicos em feeiados é um verdadeiro transtorno e todos atendem com imensa má vontade
    Recomebdo uma revisao em consultorio e a procura de bom acupunturista
    Abraços

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  2. Felizmentge, tudo acabou em bem e hoje apenas resta a memória de nove horas imensamente penosas...
    Obrigado pelo cuidado!
    Abraços fraternos...

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