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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

[6575] - FAZ-SE O QUE SE QUER OU O QUE SE PODE?


Sempre que ouço os socialistas portugueses arengar contra as politicas de austeridade e sobre o que farão quando (se) forem Governo, não deixo de sentir uma certa perplexidade por verificar que as mulheres e os homens do partido da rosa não ligaram nenhuma ao percurso do seu irmão de armas François (Luís XVI) Hollande desde a sua campanha eleitoral até à chegada triunfal ao Eliseu onde, antes ainda de aquecer o trono do poder, já estava a fazer TUDO QUANTO AFIRMARA QUE JAMAIS FARIA...
Porque razão é que a Criação não dotou os políticos de um pouco de dignidade intelectual?

5 comentários:

  1. Mas há uma diferença e ela não é tão pouca como isso. É que nós por cá já sofremos carradas sucessivas e reiteradas de austeridade (pelo menos os que sevem ou serviram o Estado), ao passo que na França nem por isso, pelo menos até tempos recentes. Não sei que mais austeridade poderão mais sofrer os que foram impiedosamente fustigados. É claro que há vários sectores da sociedade que escaparam e continuam a escapar incólumes. Por exemplo, um reformado como eu (militar) viu descer 3 postos relativamente ao que recebia e passou a receber. Se me aplicarem mais austeridade, arrisco-me a regredir para a classe de sargento em termos remuneratórios. E quando me exprimo assim é porque décadas atrás um militar da minha patente (coronel) era em termos remuneratórios equiparado a magistrado, professor universitário e embaixador. Estes, mercê de sucessivas reivindicações e pressões de toda a casta, treparam por aí acima, enquanto nós, os militares, disciplinadinhos até mais não, respeitadores da hierarquia e confiantes em quem governa, ficámos a ver navios. Por conseguinte, é bom que não haja mais austeridade, a não ser aquela que incida sobre os que dela têm ficado de fora. Isto sob pena de haver um qualquer estouro um dia destes.

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    1. A dúvida que, no entanto, persiste, é a de saber se para os "nossos" males, a oposição teria soluções diversas, menos gravosas a curto prazo mas, quiçá mais dificeis de manter a médio e longo porazo...É que os especialistas que ouço, não comprometidos por nenhuma das cores politicas em campo, não acreditam que haja medidas alternativas, da mesma forma que acham que a oposição, neste aspecto, parece não ter soluções que queira partilhar, para além do "quanto pior, melhor" que parece temperar a sua acção política de oposição a todo o custo...Acredito que a França não necessite de medidas tão gravosas pois, em matéria de economia, o conceito de "quanto maior a nau, maior a tormenta" não se aplica, mas elas perfilam-se em meredianos semelhantes...No fim, creio que ninguém, ninguém mesmo, acredita que alguma vez a economia mundial, especialmente a dos Estados mais débeis, voltará a ser o que já foi: dificilmente algo do que se perdeu, entretanto, virá a ser recuperado no curto ou no médio prazo...A culpa, essa, como sempre, acabará por morrer solteira!
      Forte abraço!

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Peço desculpas. Por lapso, meti aqui o comentário que se destinava ao post referente à pianista centenária que nos deixou. Se o Zito o conseguir, agradeço que apague o meu segundo comentário.

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