Anseio esta mudança de hora, para ganhar a ilusão da chegada de uma hora solar a auspiciar a chegada definitiva de uma primavera que nos tire o bolor destes dias sombrios. Escrevi há anos este poema, que agora vem a propósito:
SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA
Alguém ordenou o sequestre Das nuvens que ensombravam O doce acordar do dia.
E eis que reflexos de prata Brilham logo nos telhados E vidraças das casas E nas calçadas das ruas;
Raios de luz fulminam depois Tímidas sombras e penumbras Resistindo à Primavera;
Líquenes sucumbem À luminescência do ar; Copas de pinheiros Reluzem agradecidas; Vibráteis claridades Deslumbram-se, vaidosas, Nas águas múrmuras De ribeiras soltas.
E outros sóis refulgem Nos olhos e nos cabelos Das moças que passam Nas ruas da Primavera.
Tudo muda, nestes tempos de miséria. Até a maldita hora que nos consome...
ResponderEliminarBraça c'um ctchada de tempe,
Djack
Anseio esta mudança de hora, para ganhar a ilusão da chegada de uma hora solar a auspiciar a chegada definitiva de uma primavera que nos tire o bolor destes dias sombrios.
ResponderEliminarEscrevi há anos este poema, que agora vem a propósito:
SAGRAÇÃO DA PRIMAVERA
Alguém ordenou o sequestre
Das nuvens que ensombravam
O doce acordar do dia.
E eis que reflexos de prata
Brilham logo nos telhados
E vidraças das casas
E nas calçadas das ruas;
Raios de luz fulminam depois
Tímidas sombras e penumbras
Resistindo à Primavera;
Líquenes sucumbem
À luminescência do ar;
Copas de pinheiros
Reluzem agradecidas;
Vibráteis claridades
Deslumbram-se, vaidosas,
Nas águas múrmuras
De ribeiras soltas.
E outros sóis refulgem
Nos olhos e nos cabelos
Das moças que passam
Nas ruas da Primavera.