Alguém ordenou o sequestre
Das nuvens que ensombravam
O doce acordar do dia.
E eis que reflexos de prata
Brilham logo nos telhados
E vidraças das casas
E nas calçadas das ruas;
Raios de luz fulminam depois
Tímidas sombras e penumbras
Resistindo à Primavera;
Líquenes sucumbem
À luminescência do ar;
Copas de pinheiros
Reluzem agradecidas;
Vibráteis claridades
Deslumbram-se, vaidosas,
Nas águas múrmuras
De ribeiras soltas.
E outros sóis refulgem
Nos olhos e nos cabelos
Das moças que passam
Nas ruas da Primavera.
Das nuvens que ensombravam
O doce acordar do dia.
E eis que reflexos de prata
Brilham logo nos telhados
E vidraças das casas
E nas calçadas das ruas;
Raios de luz fulminam depois
Tímidas sombras e penumbras
Resistindo à Primavera;
Líquenes sucumbem
À luminescência do ar;
Copas de pinheiros
Reluzem agradecidas;
Vibráteis claridades
Deslumbram-se, vaidosas,
Nas águas múrmuras
De ribeiras soltas.
E outros sóis refulgem
Nos olhos e nos cabelos
Das moças que passam
Nas ruas da Primavera.
ADRIANO LIMA
Bem bonito! E mais não se pode dizer, porque é tudo o que há a dizer...
ResponderEliminarUm braça inspiróde pa Adriano,
Djack
A primavera tem estado mesmo sequestrada tentando sair da camisa de forças do Inverno. Esperemos que o Sol ganhe enfim a batalha do Tempo agora que as Horas mudam.
ResponderEliminarUm ramo de flores para o ilustre poeta.
ResponderEliminarFelicidades