E aqui a unanimidade volta ao cimo: São Vicente precisa de poder de decisão, é a frase que mais de ouve. “Dêem-lhe o nome que entenderem, mas descentralização é fundamental”, diz Belarmino Lucas, “todos têm de estar alinhados nesse diapasão que o país, e não só São Vicente, precisa de descentralização. Basta alguém não-alinhado dentro da engrenagem para as coisas não avançarem. Mas, penso que já começa a entrar na agenda politica a questão da descentralização e já se começa a ter a noção que isso é inevitável, tem de haver algum nível de descentralização ou arriscamo-nos a regredir imenso em muitas coisas e os desequilíbrios regionais tenderão a agravar-se”.
José F. Lopes
Amigos, isto não é uma peça de ficção, é a realidade que desde há muito vem ocupando o centro das nossas reflexões. É claro que nada disto nos surpreende, mas bem preferíamos que o nosso pessimismo fosse desmentido em vez de se confirmar desta forma tão flagrante e tão cruel. A única coisa que adoçou o meu olhar nesta reportagem foi ver a minha sobrinha Lídia Lima e constatar, pelas suas palavras, que ela está verdadeiramente engajada no exercício do seu pelouro, quiçá o pelouro mais ingrato neste momento, por razões que são óbvias.
Por incrível que pareça, só agora algumas pessoas com responsabilidade na ilha se dão conta da necessidade da regionalização ou da descentralização do poder. Onde estiveram? Por que tiveram de esperar que os limites atingissem semelhante rubro? Por que meteram a viola no saco este tempo todo? Por que tiveram de aguardar o eco de algumas vozes exteriores ou o manifesto de um partido?
Enfim, a realidade na nossa terra é preocupante, mas sabemos que o panorama não é exclusivo de S. Vicente. Simplesmente, apesar de tudo, a nossa ilha é ainda aquela onde se pode fazer estalar o vidro do conformismo.
Esta reportagem é um importante trabalho prestado ao povo de S. Vicente. Terei de ler melhor e mais pausadamente, visto que há aqui pano para muita manga. É 1 hora da manhã, hora de dormir, mas o sono não vai ser tranquilo, não.
Adriano M. Lima
Bom dia e saudações, nosso Caríssimo Mestre Adriano.
Em CV, ao q´ parece, ainda mto boa gente ñ se apercebeu do processo de mudança em movimento na sociedade. É por várias causas, tbm ao devido efeito global em abstrato, o limite duma administração concentrada na Praia, ao longo do tempo, com medo de se perderem as rédeas do poder. Tudo ficou limitado e, a alguns acomodados, ñ viram nunca a banda passar anunciando eternas novas ao povo e às ilhas.
No entanto, tem sido graças ao esclarecimento, saber, amor pela terra, determinação e energias aplicadas dessa mesma dose de preocupações de ver à distância como vai a nossa terra amada, por onde a "bolha" rebentou; levantando estas questões q´ nos levaram à realidade presente, trabalho esse praticado nestas comunidades pelo mundo, por onde habita o Luiz e o Val, vocês em Portugal, outros na Holanda, EUA ou Brasil... etc. Porém, recorro gasta frase popular do "sempre vale mais tarde do q´ nunca"! Oxalá, mais gente comece a pensar depressa, bem e de maneira clara, prq o caminho está aberto e já nada o pára... Gostem os políticos ou ñ, o povo é sempre aquele q´ mais ordena...
Tudo de bom...
Veladimir Cruz
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