Data de 1874 o inicio das actividades do "Telégrafo Inglês" em Cabo Verde, com o lançamento do cabo submarino até à Ilha da Madeira e, depois, até ao Brasil...Em 1886 seria a vez do lançamento dos cabos para África e Europa Continental...
Era a Western Telegraph Company, que levou até S.Vicente uma quantidade razoável de cidadãos ingleses, uns casados e outros solteiros...Um deles, Mr. Harris, haveria até de casar-se com uma senhora caboverdiana...E não foi o único!
Mr. Allerton, foi outro que aportou aínda muito jovem, foi mais tarde casar-se e regressou, tendo chegado a Gerente da WTC , sendo a sua mulher enfermeira da Companhia...
Entretanto, o tempo passou, o Telégrafo fechou e os que tinham que regressar à Loira Albion seguiram o seu caminho...
Há dias, Valdemar Pereira contava num comentário a um post deste Blog que certo dia, no centro de Londres, duas crioulas mindelenses passeavam, dialogando alegremente, em crioulo quando foram barradas por uma senhora que, de olhos arregalados perguntou:
- M'nis, bocês ê de Soncente?
Espantadas, responderam:
- Sim, senhora! Quem ê bocê?
E, a senhora:
- M' vivê tcheu tempe na Soncente!
Elas, insistindo:
- Mâ, quem ê bocê?!
- Mi ê Mrs. Allerton...
Moral da história: dê lá por onde der, quem bebeu água de Madeiral jámais esquecerá Soncente...
Cheers, Mrs. Allerton!!!
Para a História...
ResponderEliminar" - Em Setembro de 1835 era nomeado o primeiro governador liberal, o coronel J. Pereira Marinho, e no ano seguinte regista-se a presença ( 1ª. oficial) em Cabo Verde do inglês John Lewis, delegado da East India Company, com a função de reconhecer um porto que pudesse servir de apoio ao novo tipo de navegação e futuras transmissões...
Logicamente o porto escolhido foi a Baía Grande de S. Vicente )
U.Mad.
Na foto se vê a residência do Supervisor que antececede a do Sub-Chefe escondida.; a Casa Nova onde moravam os solteiros; a seguir a Csa Velha onde tinha a Mess, o cine-teatro, o Bar e a Sala de Jogos. e, à direita o edificio onde estavam as màquinas de telegrafia.
ResponderEliminar***
O encontro de Londres nos prova que "Munde ê piqnim" e trazer uma vez mais a fundação da Western nunca é demais. Mas so uma achega para que tudo fique "dritim".
O sr. Allerton trabalhou na Companhia Nacional, ali pegadinha à Praça D.Luiz. Primeiro como funcionàrio, depois como gerente e, là mais tarde, acumulou as funções de Cônsul Honoràrio de Sua Magestade Britânica.
No Telegraph esteve, efectivamente, a esposa dele como enfer!eira temporària. Essa familia deixou muitos amigos e levou boas lembranças.
Relativamente ao Sr. Harris: era casado com a Sara Feijoo, da Brava, familia do Aguinaldo Feijoo. O casal teve dois descendentes que, passaram a viver em Lisboa depois dos estudos Inglaterra e Lisboa). A filha, Evelyne, professora, conhecida pelo nome de casada (Mire Dores), faleceu na capital hà poucos anos, sempre frequentando a comunidade cabo-verdiana.
Val, Harry e Sara, conheci eu muitíssimo bem (até demais...) A Sara era prima direita da minha sogra e, portanto, prima em 2º grau da minha mullher e era eu ainda miúdo quando frequentava a casa deles para brincar com os filhos...
EliminarBraça de sôdade...
Quando soube quem era a tua Madame, vi logo a Familia dela. E como somos contemporâneos, ainda por cima ligados (directa ou indirectamente) aos Feijoo's, não tive dùvidas nenhumas e falei do Harris por alto.
EliminarCoisinhas de nôs terra, n'ê devera?
Tcheu lembrança !!!
Mais um guezinha...bosote trabai na telegrafo.... pelo menos na certá relóge...
ResponderEliminarFelicidades
(crioulo oral)
Lembro-me do edifício que dava para a praça...
ResponderEliminarA coincidência do encontro de Londres é mt interessante!
bjs com saudades da minha terra
:)