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quinta-feira, 12 de junho de 2014

[7022] - SOBRE A OFICIALIZAÇÃO DO CRIOULO...


 
Linguista defende esclarecimento sobre oficialização do crioulo
 

A linguista cabo-verdiana Amália Lopes defendeu, esta quarta-feira, a necessidade de sensibilizar a sociedade civil de Cabo Verde para dissipar as dúvidas sobre a oficialização do crioulo.

«Os políticos sentem que a sociedade cabo-verdiana ainda tem dúvidas sobre a oficialização do crioulo e hesitam em tomar a decisão. Por isso, precisamos trabalhar com a sociedade no sentido de esclarecer as dúvidas que eventualmente existem para se chegar a uma melhor compreensão e aceitação», disse Amália Lopes aos jornalistas, após um encontro com o presidente do parlamento cabo-verdiano, Basílio Mosso Ramos.

Em causa, explica a presidente da Comissão Nacional para as Línguas, está a dúvida sobre qual a variante do crioulo que vai ser a norma padrão.

«Esta é uma questão fundamental a esclarecer. A língua materna pode ser oficializada sem que nenhuma variante seja erigida como norma. E, sendo oficializada, abre o caminho para que, de facto, se estude e se tome alguma posição acerca da padronização», esclareceu.

A oficialização do crioulo depende da revisão constitucional ao artigo 9.º da Constituição, que conferirá à língua materna cabo-verdiana o mesmo estatuto que o português.

A revisão já foi votada no parlamento sob proposta do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), no poder, mas foi chumbada pela União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) e com a abstenção do Movimento para a Democracia (MpD).
17:43 - 11-06-2014
 
in A Bola

6 comentários:

  1. O QUE DISSE VALDEMAR PEREIRA...Aprenderam em português, o que não os impediu de falar o respectivo crioulo quando quiseram. Sabem que não é possível fazer estudos além da instrução primária a partir dos dialectos mas insistem neste programa diabólico que os põe num pedestal de cretinos. Zarolhos em terra de cegos?
    V/

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  2. Não tenho nada contra o uso generalizado do crioulo
    Mas esta gente me parece hipócrita na medida em que sempre falaram português e agora são do partido do crioulo ferrenho, que vêmagora dar lições de crioulo e nacionalismo?! Como se diz em crioulo ‘largam gente da mon’


    O MPD e a UCID fizeram bem em chumbar a proposta marcando um travão a esta aventura que nunca foi bem explicada. O próprio Presidente ouviu em audiência há meses esta gente para se inteirar dos desenvolvimentos deste processo. O Sr Presidente que fala tanto crioulo como português correntemente sabe quão perigosa é esta aventura para os interesses de CV.
    Só no pós regionalização é que se pode aceitar debater a questão do crioulo. Viva a diversidade do crioulo em CV e a preservação da língua portuguesa

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  3. Esta elite é terrível. O que pretendem é que os seus filhos dominem o português etc para os salões, e que o filho do povo fique ‘cantonné’ confinado ao crioulo, a via ideal para o insucesso, ficar para traz neste CV que vai ser competitivo e elitista. Quem não falar línguas vai ficar para traz. Este frenesim da oficialização ou é uma saloiice ou uma aldrabice. Este assunto tem que ser melhor estudado. Não dou crédito a esta gente

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  4. Penso que o português que me ensinaram na 4a classe e o que aprendi nos poucos anos no Gil Eanes serviram-me para estudar fora e conseguir equivalência que me permitiu singrar em departamento português no estrangeiro.
    Posso dizer que nada conseguiria na vida se tivesse estudado esses primeiros anos em crioulo.

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  5. Esta senhora quer ser esclarecida. Faz-me lembrar aquele cómico brasileiro que brincava com a palavra "esclarrecêeee" Pois é, como eu disse num mail sobre este assunto, não se compreende que haja pessoas preocupadas com um problema que nada, mas absolutamente nada, irá concorrer para o bem-estar e a felicidade dos cabo-verdianos. Numa terra em que as prioridades uivam raivosamente como o vento leste, é lastimável que algumas pessoas busquem apenas aquilo que acham poderá servir para alimentar o seu ego académico ou nacionalista. Não queiram aprisionar o crioulo numa camisa de sete varas porque, refilão como ele é, de certeza que vai trocar as voltas aos ​pseudo-iluminados e fugir como o diabo foge da cruz para continuar por aí, em cada uma das ilhas, solto e livre como gosta de ser.
    Reconheça-se que o primeiro-ministro tem sido realista e clarividente ao não eleger este problema como uma grande questão da agenda nacional.
    De resto, nunca entendi bem esse conceito de língua materna em Cabo Verde, se o Crioulo e o Português podem partilhar essa condição.

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  6. Esta senhora quer ser esclarecida. Faz-me lembrar aquele cómico brasileiro que brincava com a palavra "esclarrecêeee" Pois é, como eu disse num mail sobre este assunto, não se compreende que haja pessoas preocupadas com um problema que nada, mas absolutamente nada, irá concorrer para o bem-estar e a felicidade dos cabo-verdianos. Numa terra em que as prioridades uivam raivosamente como o vento leste, é lastimável que algumas pessoas busquem apenas aquilo que acham poderá servir para alimentar o seu ego académico ou nacionalista. Não queiram aprisionar o crioulo numa camisa de sete varas porque, refilão como ele é, de certeza que vai trocar as voltas aos ​pseudo-iluminados e fugir como o diabo foge da cruz para continuar por aí, em cada uma das ilhas, solto e livre como gosta de ser.
    Reconheça-se que o primeiro-ministro tem sido realista e clarividente ao não eleger este problema como uma grande questão da agenda nacional.
    De resto, nunca entendi bem esse conceito de língua materna em Cabo Verde, se o Crioulo e o Português podem partilhar essa condição.

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