Linguista defende esclarecimento sobre oficialização do crioulo
A linguista cabo-verdiana Amália Lopes defendeu, esta quarta-feira, a necessidade de sensibilizar a sociedade civil de Cabo Verde para dissipar as dúvidas sobre a oficialização do crioulo.
«Os políticos sentem que a sociedade cabo-verdiana ainda tem dúvidas sobre a oficialização do crioulo e hesitam em tomar a decisão. Por isso, precisamos trabalhar com a sociedade no sentido de esclarecer as dúvidas que eventualmente existem para se chegar a uma melhor compreensão e aceitação», disse Amália Lopes aos jornalistas, após um encontro com o presidente do parlamento cabo-verdiano, Basílio Mosso Ramos.
Em causa, explica a presidente da Comissão Nacional para as Línguas, está a dúvida sobre qual a variante do crioulo que vai ser a norma padrão.
«Esta é uma questão fundamental a esclarecer. A língua materna pode ser oficializada sem que nenhuma variante seja erigida como norma. E, sendo oficializada, abre o caminho para que, de facto, se estude e se tome alguma posição acerca da padronização», esclareceu.
A oficialização do crioulo depende da revisão constitucional ao artigo 9.º da Constituição, que conferirá à língua materna cabo-verdiana o mesmo estatuto que o português.
A revisão já foi votada no parlamento sob proposta do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), no poder, mas foi chumbada pela União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) e com a abstenção do Movimento para a Democracia (MpD).
17:43 - 11-06-2014
in A Bola
O QUE DISSE VALDEMAR PEREIRA...Aprenderam em português, o que não os impediu de falar o respectivo crioulo quando quiseram. Sabem que não é possível fazer estudos além da instrução primária a partir dos dialectos mas insistem neste programa diabólico que os põe num pedestal de cretinos. Zarolhos em terra de cegos?
ResponderEliminarV/
Não tenho nada contra o uso generalizado do crioulo
ResponderEliminarMas esta gente me parece hipócrita na medida em que sempre falaram português e agora são do partido do crioulo ferrenho, que vêmagora dar lições de crioulo e nacionalismo?! Como se diz em crioulo ‘largam gente da mon’
O MPD e a UCID fizeram bem em chumbar a proposta marcando um travão a esta aventura que nunca foi bem explicada. O próprio Presidente ouviu em audiência há meses esta gente para se inteirar dos desenvolvimentos deste processo. O Sr Presidente que fala tanto crioulo como português correntemente sabe quão perigosa é esta aventura para os interesses de CV.
Só no pós regionalização é que se pode aceitar debater a questão do crioulo. Viva a diversidade do crioulo em CV e a preservação da língua portuguesa
Esta elite é terrível. O que pretendem é que os seus filhos dominem o português etc para os salões, e que o filho do povo fique ‘cantonné’ confinado ao crioulo, a via ideal para o insucesso, ficar para traz neste CV que vai ser competitivo e elitista. Quem não falar línguas vai ficar para traz. Este frenesim da oficialização ou é uma saloiice ou uma aldrabice. Este assunto tem que ser melhor estudado. Não dou crédito a esta gente
ResponderEliminarPenso que o português que me ensinaram na 4a classe e o que aprendi nos poucos anos no Gil Eanes serviram-me para estudar fora e conseguir equivalência que me permitiu singrar em departamento português no estrangeiro.
ResponderEliminarPosso dizer que nada conseguiria na vida se tivesse estudado esses primeiros anos em crioulo.
Esta senhora quer ser esclarecida. Faz-me lembrar aquele cómico brasileiro que brincava com a palavra "esclarrecêeee" Pois é, como eu disse num mail sobre este assunto, não se compreende que haja pessoas preocupadas com um problema que nada, mas absolutamente nada, irá concorrer para o bem-estar e a felicidade dos cabo-verdianos. Numa terra em que as prioridades uivam raivosamente como o vento leste, é lastimável que algumas pessoas busquem apenas aquilo que acham poderá servir para alimentar o seu ego académico ou nacionalista. Não queiram aprisionar o crioulo numa camisa de sete varas porque, refilão como ele é, de certeza que vai trocar as voltas aos pseudo-iluminados e fugir como o diabo foge da cruz para continuar por aí, em cada uma das ilhas, solto e livre como gosta de ser.
ResponderEliminarReconheça-se que o primeiro-ministro tem sido realista e clarividente ao não eleger este problema como uma grande questão da agenda nacional.
De resto, nunca entendi bem esse conceito de língua materna em Cabo Verde, se o Crioulo e o Português podem partilhar essa condição.
Esta senhora quer ser esclarecida. Faz-me lembrar aquele cómico brasileiro que brincava com a palavra "esclarrecêeee" Pois é, como eu disse num mail sobre este assunto, não se compreende que haja pessoas preocupadas com um problema que nada, mas absolutamente nada, irá concorrer para o bem-estar e a felicidade dos cabo-verdianos. Numa terra em que as prioridades uivam raivosamente como o vento leste, é lastimável que algumas pessoas busquem apenas aquilo que acham poderá servir para alimentar o seu ego académico ou nacionalista. Não queiram aprisionar o crioulo numa camisa de sete varas porque, refilão como ele é, de certeza que vai trocar as voltas aos pseudo-iluminados e fugir como o diabo foge da cruz para continuar por aí, em cada uma das ilhas, solto e livre como gosta de ser.
ResponderEliminarReconheça-se que o primeiro-ministro tem sido realista e clarividente ao não eleger este problema como uma grande questão da agenda nacional.
De resto, nunca entendi bem esse conceito de língua materna em Cabo Verde, se o Crioulo e o Português podem partilhar essa condição.