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terça-feira, 5 de agosto de 2014

[7254] - UNIÃO NATURAL...


Por vezes, consumo horas percorrendo o Fotolog, em busca de fotos com conteúdo, seja ele artístico ou de outra índole, quer dizer, com arte, sentido, significado, objectivo...
Desta vez dei com esta, de Mouton-A, filho do meu velho amigo e colega de trabalho, Francisco Carneiro que, um dia aportou a S.Vicente para fazer teatro e acabou na Drogaria do Leão e a gerir uma pensão na Rua do Senador Vera-Cruz...Já falecido, desgraçadamente!
Esta foto foi publicada no dia da celebração do mais recente aniversário da Independência de Cabo Verde e, segundo o autor, pretende significar os laços de amizade e cooperação que se deseja sejam sempre respeitados e vividos entre Cabo Verde e Portugal...Creio que o amigo "Mouton" fez um óptimo trabalho!

16 comentários:

  1. Ou Armindo Carneiro Gonçalves que é um dos seguidores do Praia de Bote mas que nunca deu ao blogue o prazer de dele receber um comentário. Ou seja, segue-nos, mas não comenta. É sujeito com bastante humor e que de facto participava no fotologue onde eu também velejei por algum tempo mas de onde retirei a minha escuna, desviando-a para a Pd'B. Hoje ainda lá resta um resíduo residual residente mas coisa de pouquíssima monta, ou seja, nada. Quem ali ainda dá cartas é o Val. E sempre bem acompanhado...

    Esperemos que o Mouton passe de seguidor a comnentador.

    Quanto ao Henriquinho que morreu quando Cabo Verde era dado à luz da História, está vbem acompanhado pelo São Pedro...

    Braça praiabotense,
    Djack

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  2. Duas gralhas: "comentador" e "bem", esta na penúltima linha. Sorry...

    Braça com as devidas emendas,
    Djack

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  3. Feito este padrão para a Exposição do Mundo Português de 1940, na altura em gesso sustentado por uma forte viga de ferro, dizia-se então por chiste que aquela gente toda estava ali para deitar o Henriquinho ao rio. Pois bem, a 15 de Fevereiro de 1941 (já com a exposição encerrada) houve em Portugal um violento ciclone que matou pessoas e animais e destruiu casas e campos como poucos antes tinham feito e de facto a estátua do infante foi parar ao Tejo, onde se desfez...

    20 anos depois, quando no sítio já há muito nada havia, refez-se o monumento, agora em pedra e um pouco mais alto, para as comemorações do V centenário da morte do rapazim... Antes e depois, a traça foi do arquitecto Cottinelli Telmo (o da "Canção de Lisboa" e do hino da MP, entre outras habilidades de banda desenhada, etc.) e do escultor Leopoldo de Almeida. Recuperação fora de tempo estético (como aliás já era em 40), não inspira grande emoção, salientando-se pelo tamanho gigantesco das partes arquitectónica e escultórica. Veja-se o monumento aos Mortos da Marinha em Laboe (perto de Kiel, Alemanha), anterior, e pense-se em algo que não digo... oh yes!, sim, isso mesmo.

    Braça com arte pública,
    Djack

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  4. Quanto a São Pedro, há só o da aldeia e mais nenhum. Porque o aeroporto já era, agora e bem de Cesária Évora e o Farol nunca foi, pois a D. Amélia, a Rainha esposa francesa do Rei Carlos caçador assassinado o dedicaram.

    Tenho dito e já falei demasiado que está tudo calado,
    Djack

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  5. Caro Arroscatum

    Linda, muito bela e significativa foto.. Parabéns ao "Méé" ( nominha afetuoso).
    Se a memória não me atraiçoa, não se tratava d'uma pensão, mas sim d'um café... "Rialto" assim chamado.
    Espero pelo comentário do Mister Elephant Memory ... Valdemar!

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  6. O Carneiro também abriu a primeira casa mortuaria em São Vicente e tem um filho em Paris, que dirige uma casa mortuaria. Em tempos fui a um enterro e um patricio o reconheceu e me disse que o homem que dirigia a cerimonia seria o Carnirim,. que possuia uma equipa de futebol de jovens em Mindelo. E como ele nos reconheceu veio logo em crioulo para uma boa conversa que terminou num café. Disse-me até que o irmao mais velho Armindo, que foi meu colega no Liceu, vai sempre a São Vicente e que iria certamente este ano ver os amigos.

    Luiz Silva

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  7. E, já agora, passando por cima do "falei demasiado", sempre digo que o monumento ficou logo com a possibilidade de se ir lá acima, etc. e tal, mas a verdade é que ninguém lá ia até que chegou o presidente municipal Abecassis e aviou tudo a mexer, lá se tratou de melhorar as salas e colocar o elevador e pronto, hoje pode-se ir ao topo e ver os figurões a partir de cima, como as gaivotas e as cagarras os viram quando eles chegaram às terras de além-mar e até os índios e africanos que estavam nas árvores os presentearam com algumas flechadas e setas de zarabatana, toma que foi para saberem que aquilo de trocar pregos por ouro não era só mamar apesar de o ouro servir de pouco às gentes das áfricas e os pregos serem uma novidade que deu maior resitência às habitações e artefactos e.... agora é que me calo, que não quero levar com um atum pelas ventas para não dizer trombas que eram e são coisa de elefante e elefantes também os nossos viram em todo o lado menos no Bráziu e, claro está, em Cabo Verde.

    Agora é que me calo MESMO e fico à espera de ver se o Zito e restante companhia da vida airada se habilita aos five branches of acacia...

    Braça farto de falar,
    Djack... falante

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  8. "resistência", claro...

    Djack

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  9. E era "se habilitam". Hoje deve ser o Dia Nacional da Gralha...

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  10. Caro Mendes,

    Quando sai o Carneiro estava (tinha entrado) na Drogaria. Mas chegamos a trabalhar juntos no Eden Park em circunstancas especiais que relato no livro "O Teatro é uma Paixão, a vida é uma emoção".
    Deves-te lembrar de quando chegou a Cremilda Torres com a Marlice, a Piombina e o Carneiro. Vinham da Guiné onde ficou outro elemento e, por via disse, foram pedir ao meu pai para que me deixasse colaborar, o que eu fiz enquanto trabalharam no Mindelo. Nem deu tempo para mais.
    Soube depois de alguma coisa até a altura em que preparava o livro e deram conta do Armindo que tive o prazer de conhecer no lançamento.

    Curiosamente voltei a encontrar-me com a Marlice em Dakar mas não houve oportunidade de colaborarmos.

    .

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  11. Agora que o Val falou da presença do Carneiro no mais que fantástico dia do lançamento do livre de teatre, recordo-me, sim senhor, que falei por momentos com o Carneiro. Mas como estava tanta gente, não deu para muito. Lançamentos concorrios como aquele, fui a poucos.

    Braça à Talma,
    Djack

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  12. "concorridos", continuam as gralhas...

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  13. Pai Carneiro e Agencia Funerária em S. Vicente

    Foi fundada em sociedade com o impagável Padre Fernando... Por proposta do Presidente da Câmara (já não aguentava recrutar - sob ordem de "pliça" homens para carregar caixão )
    Aí... Sr Carneiro ´, pediu tempo de reflexão...
    -- Sim, aceito sr Presidente... se me garantir, no mínimo, 6 mortos por mês!!!!

    Não sei se garantia foi dada ( mesmo com importação de morto).. A funerária foi inaugurada com banquete e missa de Accão de Graças !

    Deixando morto em paz...

    Como profissional e critico fotográfico, acho que a foto ficaria muito melhor se o monumento fosse enquadrado com o Monte Cara .

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  14. Caro Zito,

    Esta foto revela de facto um belo trabalho artístico, para além da interpretação que se possa dar.
    Mas o que me traz aqui foi uma outra "descoberta" que fiz hoje e que me deixou agradavelmente suprpreendida. Não tenho por hábito ligar o som do meu computador quando navego pela net. Hoje, o Luiz estava no computador e a um dado momento ouvi uma morna que me chamou a atenção pela bonita foz do seu intérprete. Perguntei-lhe se ele estava a escutar a radio de Cabo Verde. A resposta que me deu foi que estava no Arrozcatum e que era a música de fundo do blog e mais ainda que o cantor era o Zito!
    Queria felicitá-lo pela bonita voz que tem e a forma como interpreta essas belas mornas que fazem parte das que na minha infância me impregnaram do sentir cabo-verdiano nas terras longínquas do país da Welvitcha Mirabilis onde nasci e vivi até aos 19 anos.
    Um abraço,
    Filomena Vieira

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    1. Querida amiga, obrigado pelas reconfortantes palavras e, apenas, uma pequena rectificação: eu não tenho esta voz: tinha-a, em 1969, quando estas gravações foram feitas, com o acompanhamento do conjunto do Marino Silva...Muito me enternece saber que as pessoas gostam de me ouvir, pois eu adorava cantar, sobretudo as mornas de Eugénio Tavares, quiçá por influência do facto de minha mulher ser bravense...
      Permita-me, tambem, recordar a minha breve passagem pelas terras da Welvitschia, entre os anos de 1956 e 1960: adorei!
      Bem haja!
      Zito Azevedo

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  15. O filho, Armindo Carneiro, foi meu colega no liceu e era muito bom rapazinho. Só nos voltámos a reencontrar no lançamento do livro do Val em Lisboa.

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