Repare-se na data - 10 de Julho de 2006...
Creio ter sido no ano passado que esta mesma peça foi dada a conhecer nestas colunas...O tão esperado 1º Seminário Internacional de Reabilitação Urbanística do Mindelo - SIRUM, haveria de ter lugar em Julho/Agosto desse mesmo ano e, do muito que, certamente, há OITO ANOS, terá sido discutido e recomendado, cremos que nem uma pedra foi movida do seu lugar e tudo terá desaguado no improdutivo "lago das boas intenções"... Agora, fala-se no 2º Seminário...
Vamos continuar assim, de seminário em seminário até à destruição total?!
Uma política de recuperação preservação do património histórico e arquitectónico da cidade do Mindelo vai ter que ser desenvolvida no futuro com o apoio da CMSV do governo e espero um dia o governo regional que terá meios financeiros e humanos adequados para se ocupar da ilha. O que gostaria é que se repetisse o SIRIUM um encontro envolvendo arquitectos nacionais e estrangeiros para reflectir sobre o património da cidade e projectar o desenvolvimento urbanístico e o ordenamento territorial de S. Vicente num futuro médio e longínqu
ResponderEliminarO problema talvez caros amigos a Ilha de S. Vicente e a sua cidade não tem habitantes que a merecem. Com a desertificação, a emigração em massa que esta ilha sofreu desde a independência (a emigração anterior era muito mais controlada, pelo menos não desequilibrava a ilha) a ilha perdeu os seus filhos mais ilustres. Esta ilha era de intelectuais artista, gente de fino trato e compostura. Qualquer estrangeiro que visita a ilha sente que a ilha teve um passado uma cultura rica e habitada por pessoas de um alto nível e de bom gosto. E saberão que súbditos da sua majestade os reis da Inglaterra aí viveram. Hoje sentimos muito quando vemos a bandalheira a displicência a falta de compustura de muito da nossa gente. As razões para isso toda a gente as conhece e andamos a esconjurá-las. Mas mesmo assim não explica tudo.
ResponderEliminarPara além disso não ouve substituição de gerações. Os últimos mohicanos estão a desaparecer e a ilha está entregue a gente que nunca apanhou o seu pulsar ou não faz um esforço ou não terá a sensibilidade suficiente. Não é só dizer amar aquilo que chamam ‘ilha mítica’ ‘a capital' de não sei o quê' é preciso saber compô-la, acariciá-la torná-la atractiva. Não só tratar o aspecto exterior mas o que não se vê.
Não pode ser outra coisa senão uma patranha essa notícia sobre a intenção a FCTUC se interessar pela reabilitação urbanística do Mindelo, como aliás o prova o resultado inócuo das suas pseudo iniciativas. A meu ver, tão preocupante como a reabilitação da zona histórica da cidade é o descalabro completo do que está para lá do seu perímetro. Muitas casas e prédios de construção datada de algumas décadas a esta parte não obedecem a qualquer regra e são de uma fealdade que ofende a cidade. Predominam caixotes que só se diferenciam no maior ou menor grau de agressividade das obtusidades geométricas que são os caixotes laterais. Parece que as autoridades autárquicas desertaram das suas responsabilidades. Uma lástima!
ResponderEliminarCaro Amigo Adriano Lima
ResponderEliminarDiscordo do termo "patranha"... A FCTUC é uma instituição da Faculdade de Arquitectura da U. de Coimbra, altamente prestigiada em "ESTUDOS (neste caso) levantamento histórico / como o fez em várias cidades brasileiras.
Não é, pois, de sua lavra a " mão de obra". , Fica dependente,das autoridades governamentais e locais"" pegar na massa"... A exemplo do que foi feito na Cidade Velha ( parte financiada pela Fundação Gulbenkian).
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A propósito da recuperação do Liceu, tive várias conversas com um alto responsável da FCTUC... Foi-me dito : ..," Nós fizemos um levantamento exaustivo sobre o estado em que se encontrava o Liceu... " Na altura a sua recuperação seria de pouca monta! ... Meu caro, se, então não o reabilitaram ,o caso é politico... e não financeiro... " SIC
Idem com Eden Park e o Fortim
Abraço e mantenha.
OK, amigo AMendes, o termo patranha pode estar com um sentido equívoco. Não pretendia que se referisse à FCTUC mas ao resultado frustrante do que se pensou fazer e ficou no plano das intenções. A verdade é que o património de S. Vicente está nesta situação calamitosa pelo desprezo a que a ilha foi votada pelo poder central e pela inoperância do poder local.
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