Páginas

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

[7706] - ASSALTO ÀS TRÊS DA TARDE...


Várias vezes, nestas últimas semanas, tenho dado comigo a conferir os meus actos, atitudes e pensamentos mais ou menos recentes, na vã convicção de encontrar o porquê dos sucessivos malefícios que têm infernizado a vida da minha família, fruto das infelicidades de saúde da Maiúca...
Ontem, cerca das três da tarde, tinha estacionado o carro frente a uma pequena retrosaria, na chamada Rua Sete, de Queluz, onde costumo abastecer-me daqueles bons lenços de bolso da marca Poker, que uso há mais de sessenta anos...
Para desanuviar um pouco o excesso de calor provocado pelo aquecimentos do carro, abri o vidro e, segundos depois, senti - mais do que ouvi - uma voz que segredava ao meu ouvido esquerdo: "Isto é um assalto...Sai do carro, devagar e deixa as chaves no lugar"...De soslaio, vislumbrei um fulano de tez morena, de  faces regulares, impecavelmente barbeadas, gorro e luvas e que, agachado contra o carro, me apontava uma arma de fogo à têmpora esquerda...Consegui manter a calma e protelar o mais possível a saída do carro, na esperança que  a passagem de alguém colocasse o assaltante em fuga, sem êxito, no entanto, pois a rua mantinha-se deserta como se tudo tivesse sido previamente preparado...Em menos de dois  minutos - calculo - fiquei apeado...O 112 levou outro minuto, ou mais, a atender a minha chamada e a Policia levou mais dois a chegar ao pé de mim mas mandou-me esperar e seguiu caminho em grande alarido pois, como depois vim a saber, o "meu" assaltante servira-se do meu Saxo, entretanto,  para novo assalto, deste vez, a um balcão do Banco BCP, frente à Estação da CP de Queluz...
Continuo, pois, alimentando a dolorosa dúvida sobre que mal terei eu feito aos deuses...

10 comentários:

  1. Raios, raios, raios! Só acredito em tanta desgraça, porque quem as conta é quem é!
    A verdade é que por vezes se sucedem vertiginosamente as coisas más na nossa vida sem que atinemos com o significado de tamanha aglomeração de dramas. Enfim, coincidências mais que aborrecidas. Mas depois da tempestade vem sempre a bonaça. A bravense há-se melhorar, o carro há-de aparecer, a vida há-se continuar.

    Um grande abraço com dedos cruzados,
    Djack

    ResponderEliminar
  2. Amigo Zito, isto quase parece ficção, acredite. Nunca me passaria pela cabeça que viria a ser vítima de uma situação desta natureza. Como se não fosse já o bastante o problema de saúde da dona Maiúca, surge agora este grave e insólito problema. Felicito-o pelo seu sangue frio, pois fez muito bem em não tentar qualquer reacção, que nestes casos e circunstâncias a nada conduz senão ao risco inútil da própria vida. Faço votos por que o carro apareça em breve, o que é bem provável.
    Um grande abraço de solidariedade.

    ResponderEliminar
  3. Sabendo quem é o dono disto, quando aparece uma postagem no blog logo esou à espera de coisa, geralmente, lúdica ou de cultura, quando não são as duas coisas ao mesmo tempo.
    Hoje, antes de aqui entrar, fui avisado pelo nosso amigo Adriano que é "mnine d'Soncente" mas que também, como nós, sabe reagir com o coração perante cada situação. Pois, a cena que viveu o homem gasto pela doença da sua companheira de décadas não é para brincadeiras de Praça Nova nem Ponta de Praia mas para dar calafrios. Não sei se agiria da forma olímpica como reagiu o Zito e, por isso, louvo a sua coragem e espero que a acontecência seja a última do "annus horribilis" por que passou.
    Força, Zito. Brevemente o carro vai aparecer e saberás em qual presidio está o satânico laràpio. Estou contigo, amigo.

    ResponderEliminar
  4. Caro amigo,

    vejo o quanto é um homem forte, calmo e ponderado. Apesar de desgastado continua a gozar do controle das situações e a isto, vejo com bons olhos e coração alegre, pois poderiamos está lamentando perde-lo por um assalto, um carro, um bem.
    Quem cuidria do seu maior bem , da sua Maiúca? Quem iria nos reunir em torno de belos casos?
    Caro amigo, vc pode até achar que os Deuses te abandonaram, mas comcerteza, não não nos abandonaram porque continuamos a te-lo.
    começo o ano presenteada em te-lo conosco, a pé, mas vivo!

    ResponderEliminar
  5. De facto, os deuses não o abandonaram, Nouredini, porque a Maiúca está a recuperar a saúde e o Zito apenas está, por enquanto, e apenas, sem o seu Saxo. Que de certeza vai aparecer a todo o momento. Importante foi não ter sofrido qualquer dano físico com o assalto à mão armada, o que foi graças ao seu sangue frio. O malandrim não poderá ir muito longe e não lhe interessará conservar na sua posse o objecto comprometedor, o automóvel.

    ResponderEliminar
  6. Obrigado, muito obrigado, bons amigos! Quáse que vale a pena sofrer estas amarguras para ter, depois, o prazer de "ouvir" tão belas palavras brotarem dos corações de GENTE que o destino colocou no meu caminho e me aconchega a alma dilacerada pelos desvíos da sorte...Sinto-me um pouco infeliz, mas muito privilegiado...BEM HAJAM!!!
    Braça di coraçôn,
    Zito

    ResponderEliminar
  7. P.S. - Maiúca já abandonou - finalmente - o Serviço de Observação, estando instalada na moderníssima ala de Medicina IV...Está reagindo bem ao tratamento, recuperou o apetite mas necessita manter, ainda, alguma vigilância sobre a glicémia...Merece um sorriso mas não descanso enquanto não surdir o dia da gargalhada!
    Mantenha...

    ResponderEliminar
  8. Eu bem disse, eu bem disse, não há males que sempre durem. O primeiro mal começa a esbater-se, com a brava bravense a recuperar. O segundo mal, do bólide desaparecido, também há-de ser rodeado, quando ele em breve reaparecer.

    Boa continuação de coisas a melhorar,
    Djack

    ResponderEliminar
  9. Meu caro Amigo: Antes de mais a minha solidariedade por tudo o que aconteceu. Não tenho palavras.Sei da impotência e da raiva que se sentem nessas ocasiões. As rápidas melhoras e total recuperação para o ente querido.

    Que fique tudo por aqui. E que 2015 seja ameno, simpático e vos traga saúde e venturas.


    Abraços

    ResponderEliminar