Entre esta foto e a que publicamos no "post" anterior, existe um lapso de mais ou menos 60 anos...Esta, segundo o Djack que ma fez chegar às mãos, depois de recebida do Valdemar, é de 8 de Maio de 2010, dia do lançamento do livro deste ultimo, na Associação dos Antigos Alunos do Liceu Gil Eanes, em Carnide...
A de ontem, é do pai e, esta, é do filho Armindo, "mnine de Soncente", pai, avô e de fartas cãs...
Completa-se, assim, um circulo mágico de vidas que se enrarízaram no Mindelo, no tempo em que "gote de Mané Djon tá engardá na gêmada", como anos mais tarde Sérgio Frusoni haveria de recordar, naquele jeito de dizer as coisas mais triviais em tom de poesia e em que cada frase adquire a dimensão do seu próprio sentido, a um tempo zombateiro, noutros, de sentido crítico e até mordaz, mas sempre musical, como trovas de um tempo dourado e tão distante como a imensidão da saudade de que hoje se alimenta a nossa memória...
Que a felicidade sorria a quantos nos lerem!
Foi nesse dia que conheci o filho de quem foi meu "colega" aquando da passagem por Mindelo da Companhia Cremilda Torres. Para o pai do Armindo foi o começo de uma grande estada pois deram-lhe de beber a célebre àgua de Madeiral, para começar, e depois uma cachupa daquelas bem recheadas. Resultado foi o que viram: pai, filho (e talvez o espirito santo) passaram a ser "mnis d'Soncente". Mas disso não vou falar por ser altamente suspeito; dizem que sou um grande chavinista. Pudera! Sou "mnine d'SonCente nascide e criode" e não é qualquer (mesmo longa) estadia pelo lado dos "francius" que me faz esquecer Chã de Cemitério, o crioulo e a vidinha de sabura.
ResponderEliminarBraças e mantenhas para todos e, em particular, para o Armindo que abandonou o blog onde saiam belissimas fotografias.
Ops: - Quis dizer "chauvinista"
EliminarCompreenderam mas fica a rectificação no caso de...
Eu diria que o pai (ou mãe?) do teatro de Cabo Verde só é chauvinista nas baguettes, no fromage, no Bordeaux e em moules et frites (afinal mais belgas que franciús).
EliminarBraça a salivar até encher lata de 20 litre d'ága d'Maderal,
Djack
Este dia foi um dia especial. Em termos de faladura, foi dos melhores em que participei (isto é, dos que me deram maior prazer botar palavra), dividindo o parlapié com o Adriano, numa casa cheia de gente interessada no que se dizia. E ainda por cima apareceu o João Branco, pelo que estiveram juntos a "mãe" e o "pai" do teatro cabo-verdiano, embora não se saiba qual deles é a mãe nem o pai...
ResponderEliminarViva o teatre das ilhas e braça com boca de cena (ia dizer "Boca de Tubarão"...)
Djack
Um teatro se repete tantas quantas vezes se for bom e houver pedidos de "bis". A representação desse dia foi (inesperadamente) maravilhosa para mim, sobretudo por estar com pessoas que não via havia uma eternidade.
EliminarNunca mais pàro de agradecer aos que abrihantaram a festa e pedir desculpas a certos amigos com quem não consegui estar devido a barafunda dos autografos. Houve até uma familia que conheci em Lourenço Marques a quem não dei atenção porque não me lembrava onde e quando os tinha conhecido. As minhas desculpas.
Também, no momento de agradecer (improviso) não topei com certas pessoas que mereciam uma palavrinha (emoção !!!). Mas... o mais importante é ter ouvido dos Dirigentes da Associação dos Antigos Alunos que "nunca a casa eteve tão cheia".
Foi um daqueles teatros que não se pode repetir.
Merci ao Maître Jacques de la Plage dos butins.
Ah! E o nome correcto da AAAESCV é Associação dos Antigos Alunos do Ensino Secundário de Cabo Verde (não do Gil Eanes), da qual sou sócio há um ctchada de anos e onde já comi pelo menos uma cachupa na companhia de um sujeito que prefere arrozcatum... Prefere, digo eu, mas se calhar gosta tanto de uma coisa como da outra.
ResponderEliminarBraça carnidense,
Djack
DJACK, MEU AMIGO...eu sei bem qual é o nome, actual, pois nem sempre foi o que é agora...De resto, não é por acaso que o LGE aparece no logo-tipo da Associação...Cachupa, feijão ervilha, midge-in-grão....é até fartar, vilanagem!
EliminarLembro-me bem dessa noite em que, afinal, nos conhecemos pessoalmente, se não estou em erro...
Braça com água na boca,
Zito
Foi também nesse dia do lançamento do livro do Val que revi o Armindo, colega de liceu. Não nos víamos desde 1963; tinham-se passado quase 50 anos. Escusado é dizer que não o teria reconhecido se não me tivessem dito de quem se tratava.Tive muita satisfação nesse reencontro com aquele que é ainda o mesmo rapaz simples, de bom trato e amigo.
ResponderEliminarResta-me dizer que este post do Zito é um maravilhoso naco de boa literatura. Que seria de nós sem a poesia?
Amigo Adriano, um elogio destes vindo de um plumitivo da sua estirpe é uma espécie de Prémio Nobel...Bondade sua, decerto, mas sempre lhe digo que eu considero a palavra não um mero meio de expressão mas um veículo de transmissão do que nos vai na alma... Acho, por isso, um desperdício de tempo e de paciência ter que escutar quem fala sem ter nada para dizer! Creio que devemos respeitar a palavra e não desbaratá-la só porque, sendo abundante, se pode esbanjar...
ResponderEliminarSaúde e Paz!
Braça
Zito