José Almada Dias |
A problemática da qualificação da oferta turística nacional está na ordem do dia. Tendo integrado a equipa que elaborou o estudo “Inventário dos Recursos Turísticos” das ilhas do Norte de Cabo Verde, sei que se pretendeu ir além do habitual, apostando na elaboração de propostas de roteiros turísticos que se centrem na nossa gente e na nossa génese como povo, ao invés de nos centrarmos somente em praias e caminhadas nas montanhas (que também fazem parte, mas como complemento).
Somos o primeiro país crioulo da era moderna e não tiramos partido disso. Por aqui passou e se iniciou boa parte da história recente do mundo ocidental, pois foi aqui que começou o Novo Mundo. Temos quase 500 anos de uma história rica, que começou na Ribeira Grande de Santiago, espalhou-se pelas restantes ilhas e pelo mundo, e regressou ao Porto Grande, onde entretanto nasceu a cidade do Mindelo, povoada por cabo-verdianos livres vindos de todas as ilhas, que trouxeram com eles um bocadinho de todo o Cabo Verde. Foram esses cabo-verdianos, já cientes da sua identidade miscigenada, fruto da colisão carnal de vários povos, que se juntaram de forma cosmopolita e descomplexada aos marinheiros e viajantes de todo o mundo.
O foco da nossa oferta turística deve por isso centrar-se cada vez mais na nossa rica paisagem humana, diferente de ilha para ilha – Um País, Dez Destinos, cada ilha um pequeno mundo, cada vila e aldeia uma prova de que os seres humanos são iguais e podem viver em harmonia, cada cabo-verdiano a prova viva de que só existe uma raça, a humana, e que a cor da pele, dos olhos ou o tipo de cabelo podem coexistir numa só família, e que a mistura de culturas é o futuro.
Temos que aprender a contar a nossa História como os primeiros crioulos resultantes da expansão mundial, desta nova identidade civilizacional que antecipou a globalização e que é, ao mesmo tempo, a identidade presente e futura da Humanidade.
Enquanto não valorizarmos tudo isso, continuaremos a não perceber quem somos. Quem não sabe quem é não pode contar a outros a sua verdadeira história e muito menos lucrar com isso (espero não ser acusado de heresia por pretender “vender” a nossa história).
Esta crónica é dedicada aos roteiros turísticos alternativos para a cidade do Mindelo, essa pequena urbe baptizada inicialmente como Vila Leopoldina, e que mais tarde foi rebaptizada em honra ao desembarque das tropas liberais na praia do Mindelo em 1832, perto da cidade do Porto, de que resultou a libertação de Portugal do jugo absolutista. Mindelo é um nome que rima com liberdade em vários momentos da História lusófona.
Foi aqui neste Mindelo que se fez a primeira greve de trabalhadores cabo-verdianos há quase um século. Foi aqui que nasceu a revista Claridade, sinónimo de um despertar nacional através das letras.
Vamos então às nossas propostas de oferta turística para a cidade, a juntar às já existentes. Uma cidade que deve ser tratada como um museu, no dizer de Gualberto do Rosário, a quem também devemos a ideia do Roteiro da Água.
Museu Cesária Évora: ligado à criação de um Roteiro da Diva dos Pés Descalços, do seu invulgar trajecto de vida, das casas onde morou, da aprendizagem da música com o seu tio B. Léza, dos bares onde cantou durante décadas antes de partir de pés descalços à conquista do mundo inteiro.
Museu da Música: em homenagem a Bana, Cesária, B. Léza, Manel d’Novas, Luís Morais, Jotamonte, Frank Cavaquinho, Ti Gói, Tututa, Luís Rendall, Biús, entre outros; um museu onde deverá ser contada a introdução do meio-tom brasileiro na morna por B. Léza, a criação da coladeira como música cosmopolita resultante da vivência desta cidade-porto, onde, cerca de dez anos depois do primeiro samba ser gravado no Rio de Janeiro, B. Léza já compunha sambas em homenagem aos marinheiros que passavam na baía do Porto Grande.
Museu do Porto Grande: para contar a sua importância histórica para a economia de Cabo Verde e do mundo, o seu papel na expansão europeia para a América Latina, África Austral e outras paragens, e também na emigração cabo-verdiana.
Museu das Telecomunicações: onde deverá ser contado como o primeiro cabo submarino foi amarrado em São Vicente em 1884, ligando a Europa ao Recife, no Brasil, fazendo-se nesse mesmo ano uma ligação à ilha de Santiago e desta para o continente africano; e como as telecomunicações da Europa para a América Latina e África Austral passavam na íntegra por Cabo Verde; para lá da presença, na altura, de duas empresas concorrentes a operarem cabos submarinos, uma inglesa e outra italiana.
Museu do Carvão: o Porto Grande começou por ser um porto carvoeiro, tendo sido considerado um dos 3 mais movimentados na altura; o abastecimento de carvão era feito a partir das cidades de Newcastle e Cardiff do Reino Unido, daí as vendedeiras de carvão das ruas do Mindelo gritarem “Oli carvon Cardiff, oli carvon Nhô Cass”; para quando uma geminação do Mindelo com Cardiff e Newcastle?!
Museu do Cinema: ligado ao Éden Park, a primeira grande sala de cinema do país, e cuja recuperação deve ser um imperativo nacional assumido pelo Estado de Cabo Verde, mesmo que seja em parceria público-privada; onde deverá ser contada a história do cinema em Cabo Verde, com exemplos como Gaetano Bonucci (filho de Pietro Bonucci e de Mª da Luz Rocheteau Leça Bonucci), o primeiro realizador de cinema natural de Cabo Verde a dirigir uma longa-metragem, «A Morgadinha dos Canaviais», filmada em Portugal em 1949, e na qual participaram, entre outros, Eunice Muñoz, Ruy de Carvalho, Costinha e Maria Matos.
Museu do Carnaval: onde se poderá percorrer a história da maior festa popular do país com grupos organizados desde 1920, e o primeiro andor em 1939, e contar que antes disso o Entrudo português chegou ao Brasil através de portugueses das ilhas dos Açores, Madeira e Cabo Verde.
Museu da Literatura Cabo-Verdiana: ligado ao Roteiro dos Claridosos, devendo incluir uma sinalética das casas onde moraram os Claridosos e ainda onde residiram outros intelectuais das ilhas como José Lopes, Eugénio Tavares, Luís Loff de Vasconcelos, Amílcar Cabral, entre muitos outros.
Roteiro da Água: mostrando o desenvolvimento da cidade ligado à história da procura da água através dos nomes de vários bairros – Fonte Cónego, Fonte Francês, Fonte Filipe, Fonte Inês, Fonte Doutor –, passando pela vinda diária de água do Tarrafal de Santo Antão num navio-cisterna, e terminando no primeiro dessalinizador do país, cujo espaço na Matiota deve ser parcialmente preservado como um Museu da Água, integrado na necessária requalificação urbana dessa zona turística.
Roteiro dos Ingleses: relevando a importância das empresas carvoeiras e o seu impacto na criação da cidade, e de emprego formal para as gentes que vinham das ilhas, possibilitando a primeira transição de uma economia rural agrária para uma economia de prestação de serviços internacional, proporcionando a um tempo aos cabo-verdianos o contacto com o mundo; a arquitectura colonial das casas; a introdução dos desportos em Cabo Verde, como o futebol, ténis, cricket, golfe; do five o’clock tea, da cultura do Gin & Tonicantes do almoço e do scotch, hábitos que se espalharam para as restantes ilhas.
Roteiro dos Brasileiros: a ligação ao Brasil e ao samba e as influências musicais dos marinheiros brasileiros em B. Léza (introdução do meio-tom brasileiro na morna), nos solos de violão de Luís Rendall, nos desfiles do Carnaval, nos sambas compostos por B. Léza, Ti Gói e outros compositores, fora o como o samba foi adoptado até hoje como um género musical nacional.
Roteiro dos Italianos: a presença da ITALCABLE, empresa de telecomunicações que operava um cabo submarino que ligava a Europa ao Brasil e à Argentina, passando por S. Vicente; os vários comerciantes italianos da cidade no início do século passado; figuras como Pietro Bonucci, co-proprietário, juntamente com João Rocheteau Lessa, da primeira central eléctrica do Mindelo e responsável pela electrificação da cidade, numa concessão feita pela Câmara Municipal de São Vicente em 1925 a dois privados (actualmente gritamos contra a privatização da Electra...), e como quando havia apagões o povo gritava “oh Nhô Pedrinho, Yolanda ca ta casá”, numa referência à sua filha Yolanda, professora de muitas gerações; o compositor, escritor, poeta e pintor Sérgio Fruzoni, nascido no Mindelo em 1901, filho de pais italianos (o pai era comerciante de coral), e que compôs a morna “Um vez Soncente era sábe” (“Temp de caniquinha”) e várias outras músicas, e que escreveu poemas em crioulo.
Roteiro dos Noruegueses e dos Americanos: a ligação à pesca da baleia nos famosos whale boats que vinham para abastecer e recrutar tripulação, enchendo o Porto Grande, e tendo contribuído em parte para a emigração de cabo-verdianos para a cidade baleeira de New Bedford, na Nova Inglaterra, e também para a Noruega e restante Escandinávia; e como o norueguês e o inglês eram línguas faladas fluentemente na baía do Porto Grande; as famosas brigas nocturnas entre robustos marinheiros noruegueses e ingleses, em que a polícia local preferia não intervir.
Roteiro dos Indianos: com uma forte presença no comércio da cidade no início do século passado, ao ponto dos mais antigos ainda chamarem, por hábito, lojas indianas às actuais lojas chinesas; a ligação em 1934 à revolta do Capitão Ambrósio e à Negra Bandeira da Fome, que segundo os historiadores foi oferecida aos revoltosos famintos pelos comerciantes indianos, porque a bandeira negra era um símbolo da fome na Índia; os indianos deixaram vários descendentes na cidade.
Roteiro dos Japoneses: recordando a maciça presença de barcos de pesca japoneses nos anos 60-70 do século passado, quando fizeram do Porto Grande a sua base de operações no Atlântico, e cuja presença é lembrada em várias músicas, como a célebre coladeira “Saikô daiô” feita por Ti Gói, e como a língua japonesa era falada com fluência no Porto Grande; um desses japoneses casou-se no Mindelo, tornou-se empresário local da pesca e montou a primeira escola de karaté da cidade.
Roteiro dos Homens da Baía: em homenagem aos trabalhadores anónimos vindos das ilhas e que trabalharam arduamente no Porto Grande, nas oficinas das empresas inglesas, aos catraeiros, “rocegadores”, ship’s chandlers, comerciantes, estivadores, pescadores, cicerones, prostitutas, etc.
Roteiro dos Emigrantes: com explicitação da importância do Porto Grande na maciça emigração dos cabo-verdianos no século passado, muito deles fugidos em barcos gregos, holandeses e de outras nacionalidades, em silencioso conluio com as autoridades e funcionários das empresas inglesas.
Quando viajamos para países turísticos, ouvimos inúmeras histórias que nos são contadas de uma forma que leva a que ninguém questione se são lendas ou não. Na cidade de Bruxelas, turistas de todos os cantos do mundo acotovelam-se para tirar uma fotografia a uma pequena estátua representando uma criança nua a urinar. Segundo contam, esse menino terá urinado por cima das tropas de Napoleão aquando da invasão do país. Esta inusitada história, de credibilidade duvidosa, foi transformada num roteiro turístico obrigatório da capital da União Europeia. Vendem-se abridores de garrafas, copos, roupa e um sem número de outros artigos com o corajoso “menino mijão”, que totalizam certamente milhões de euros por ano.
O corcunda de Notre Dame continua a ganhar dinheiro para a sua cidade de Paris, séculos depois de morrer.
Nós por cá temos de ir para além do sol e praia, dos vales verdejantes e vulcões, e começar a contar as nossas estórias, que existem por todos os vales e cutelos deste pequeno país prenhe de História.
Um País, Dez Destinos, cada ilha um pequeno mundo crioulo. (in E.I.)
A lista dos recursos turísticos que elenca Almada atesta que S. Vicente foi nos 2 últimos séculos o novo paradigma cabo-verdiano: diria Cabo Verde reencontrou-se em S. Vicente.
ResponderEliminarEste artigo do José Almada responde a um certo discurso fundamentalistas de detractores desta ilha que põe em causa o papel de S. Vicente na História moderna de Cabo Verde, que o negam redondamente, por não se encaixar na nova narrativa que estão a reescrever: que defende que a ilha foi uma criação do colonialismo para atrasar discriminar Santiago, uma visão demasiada fundamentalista, ver provocadora da História.
A lista dos recursos turísticos que elenca Almada atesta que S. Vicente foi nos 2 últimos séculos o novo paradigma cabo-verdiano: diria Cabo Verde reencontrou-se em S. Vicente. Foi a ilha para a qual concorreram, para além dos cabo-verdianos oriundos de todas as ilhas (um fenómeno migratório normal dado as circunstância), os não autóctones, incluindo europeus e asiáticos. Foi pois em S. Vicente que se recriou Cabo Verde após este ter-se afundado durante séculos no negócio do trafego de escravos (compra e venda de mão-de-obra escrava). A abolição da escravatura em Cabo Verde precipitou ainda mais a queda do arquipélago que já se encontrava no marasmo, arrastado pela decadência do império português que começara o seu declínio nos finais do século XVI. Após um curto período de prosperidade, Cabo Verde tornou-se numa colónia miserável, desprovida de recursos, sem nenhum atrativo económico, acrescido do facto de estar situado numa área climaticamente desértica, portanto assolada por secas e fomes que devastaram a sua população.
Com escrevi S Vicente não aparece propriamente de uma decisão política calculista como defende os fundamentalistas. A conjugação da necessidade de reconversão da economia cabo-verdiana nos finais d século XVIII e da nova conjuntura mundial criada com o nascimento do capitalismo mercantilista dominado pela Ingraterra catapultam de novo Cabo Verde no novo cenário mundial: havia a necessidade de um ponto de comunicação e de reabastecimento do império Britânico no meio do Atlântico Norte, acrescido da necessidade de abastecimento da frota inglesa em carvão. O porto Grande do Mindelo encaixa admiravelmente na nova estratégia global britânica, que descobre nesta ilha, uma nova vocação para Cabo Verde: entreposto de Carvão e de comunicações.
A configuração do Porto Grande, da sua baía, o um clima ameno do Norte de Cabo Verde, foram condições naturais que jogaram no desenho de uma cidade moderna, contribuindo para a fixação de populações de origem diversa: atraiu a elita cabo-verdiano dispersa pelo arquipélago, assim como um número considerável de portugueses da então Metrópole, ao passo que um número cada vez maior de britânicos e italianos desenvolviam as suas funções nas industrias instaladas e o comércio impulsionado pela actividade económica prosperava a um bom ritmos. Não tardou surgia no rasto dos europeus, judeus, sírios, indianos, atraídos pelas novas oportunidades criadas.
Pâ amor di Deus, não levem a mal a "boca" de brincadera.... Ao rol imenso de propostas de museus... Digo: Caisin faz falta!!!!
ResponderEliminarBelo roteiro, ao qual se poderia acrescentar ao Clube Sportivo Mindelense o clube mais antigo com um belo arquivo infelizmente a perder. Perdido também foi as duas os dois "Monstros" (as duas Caldeiras do primeiro dessalinizador da água na matiota) vendido ao desbarato para ferro velho. As instalações da ex. Congel que serviram de apoio aos Japoneses ainda lá estão e a ser vandalizado. Sem contar com os velhos Canhões de lombo e João Ribeiro no mesmo destino. ???QUEM VAI PEGAR NISSO???
ResponderEliminarIdeias deste quilate têm sido ventiladas e até poderiam dar certo se a realidade cabo-verdiana não tivesse sido completamente virada do avesso e a desfavor do povo da ilha. Não se vê como alterar a situação. Ou melhor, solução existe sempre.
ResponderEliminarBom artigo. Vejo que na proposta para o Mindelo constam 8 museus e 9 roteiros. Gostaria saber como vão funcionar os roteiros. Quanto aos museus parece-me os museus Cesária, da Cultura, da Literatura, da Música e do Carnaval fundir-se num só museu da Cultura Mindelense visto que se trata de temas afins, funcionando num grande edifício com espaços temáticos e que também comportasse espaço de restauração, lojas de souvenirs e literatura ilustrada, em 3 ou 4 línguas sobre os temas expostos. Quanto aos museus, do Carvão, do Porto Grande e das Telecomunicações já me parece que poderiam também estar fundidos, constituindo o Museu da Cidade não esquecendo a vertente arquitectónica que passa pela presença inglesa e portuguesa na cidade. Um centro de Artes performativas já incluiria o cinema e o teatro proporcionando não só exposições e história do desenvolvimentos destas artes no país assim como espaço museológico sobre os mesmos não esquecendo espectáculos para gente de terra e turistas.
ResponderEliminarDeixo aqui uma questão ao autor: O que acha que poderia ser o nosso “menino mijão” que nos encheria os cofres?
Acho que muito do nosso património não tem sido valorizado. Por exemplo o monumento que assinala a passagem do hidroavião de Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Também não há sequer miniaturas deste monumento, à semelhança do que se faz noutros países, e também da nossa “torre de belém” que é a primeira coisa que se vê quando se entra no Porto Grande. Mas a marca da cidade é sem dúvida o Monte Cara. E porque não “inventar” uma lenda sobre o Monte Cara ligado à origem desta Ilha Mítica?
Infelizmente não vejo que a Praia tenha vontade de ver esta ilha brilhar. A menos que os mindelenses decidam realmente bater o pé....
Matrixx
O Amendes inclui o Caisin nesta lista e com razão. Mas Caizim vai ser um terminal de petróleo e nós no fututo vamos comprar peixe com sabor de pitrol!!!!Poruqe é que este terminal não foi colocado na Cova da Inglesa é que não sei?
ResponderEliminarTemos que começar pelo básico. Há muita coisa a fazer.
ResponderEliminarAs ideias são interessante, mas convenhamos que SV e CV não comporta um número importante de Museus à cargo do Estado nem da futura Região, pois teríamos por metro quadrado mais Museus que Paris (Jesus!), pelo que eu seria mais favorável a que este número importante de sugestões origine Casas ou Centros de Cultura geridos por privados. Mas cadê Dinheiro?!
Outra coisa acreditam que algum dia, no actual figurino centralista, a Praia vai deixar instalar alguma coisa de útil e de jeito em SV?
O grito do Almada Dias, o livro do Luiz e os apelos de mais nacionais sobre os recursos de S.Vicente serão sempre ignorados porque o desejo do poder é eliminar tudo quanto se tem na ilha que consideram não africano e, por isso, não genuino, condenado a desaparecer.
ResponderEliminarVejam o que sucede desde há 40 anos. Desapareceu o Fortim, desapareceu o Eden Park, vão desaparecendo todas as construções históricas e até o nosso crioulo está condenado a desaparecer.
Crioulidade em Cabo Verde? Sim. Começou em S.Vicente, deu a volta ao Mundo e por isso dão-lhe o nó górdio, embora o aviso que criam uma grande "konfuson" perda de tempo, perda de dinheiro, sacrificio de gerações futuras, etc.).
Eduardo Oliveira
O anónimo deu uma boa achega. O problema é que a ilha pouco ou nada fará enquanto não tiver uma mãozinha benfazeja da capital. Agora fala-se por aí num investimento de arromba para o ilhéu S. Maria e que irá ter um grande impacto (positivo) na Praia. Estamos já fartos de assistir ao mesmo filme e há-de chegar uma altura em que se tem dizer "alto e pára o baile!". Veja-se o estado de abandono a que se votou o património arquitectónico da ilha de S. Vicente.
ResponderEliminarAcho excelente a achega de Matribox, de reduzir a quantidade, por aglomeração, em favor de uma execução mais viável e, quiçá, menos onerosa, em vez de locais demasiado temáticos, em grande profusão...Tambem neste caso, me parece que o bom é inimigo do óptimo e, para quem nada tem, até o razoável será suficiente!
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