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quinta-feira, 9 de julho de 2015

[8289] . SOMA...E SEGUE! ...

 Por  Fretson Rocha,  para Rádio Morabeza/Expresso das Ilhas 
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PRÓ-PRAIA REIVINDICA ESCOLA DO MAR PARA SANTIAGO...



A Associação para o Desenvolvimento da Praia, Pró Praia, defende a criação de uma escola do mar no sul do país, que sirva de complemento à escola em São Vicente. A organização justifica a sua posição com o que diz ser a necessidade de um outro tipo de formação ligada ao mar e com a procura dos jovens para os cursos dentro da área.
 O presidente da Pró Praia, José Jorge Pina, que falava à Rádio Morabeza, entende que a formação ligada ao mar deve ser mais diversificada.
“Não é só estar a formar marinheiros, mestres e oficiais da marinha mercante. É preciso outras formações no ambiente marinho, tais como operadores de busca e salvamento, segurança, entre outras”, afirma.
A associação está convencida de que o investimento em mais uma escola do mar e em mais formações na área marinha permitirão criar mais emprego e, consequentemente, contribuir para o crescimento da economia nacional. O líder da Pró Praia acrescenta que existe uma carência de profissionais na área marítima e portuária nas ilhas mais a sul do país.
“Por exemplo, as ilhas do Maio e do Fogo precisam de uma delegação marítima e portuária mas não há quadros. Por isso, uma escola complementar aqui, responde às necessidades de Santiago e de outras ilhas, em várias áreas do saber marítimo”, acrescenta.
José Jorge de Pina garante que existem parceiros disponíveis para apoiar a escola do mar, mas que tem faltado ajuda por parte do governo.
“Nós temos escolas lá fora que querem apoiar esta escola do mar. Simplesmente, não temos tido apoio do governo para incentivar a sua criação. Não há qualquer sensibilidade de boa parte dos políticos”, desabafa.
O presidente da Associação para o Desenvolvimento da Praia justifica que as pessoas não têm condições de se deslocar a São Vicente para obter formação.

3 comentários:

  1. Se este desiderato for à frente (e vão acabar por conseguir pois têm a faca e o queijo nas mãos e todos os cordelinhos para puxar) é tirar o pão da boca da ilha do Porto Grande e condenar ainda mais fome para a ilha do Porto Grande. Mas que CV é este? Espero que os deputados se SV reagirão no tempo certo se eles avançarem com este absurdo !!
    ProPraia agora quer tudo, barragens a dar com pau (porque é ilha agrícola), Campus porque são mais espertos e trabalhadores, sede das empresas, O Estado inteirinho aos seus pés, etc etc, e agora querem a escola do mar cujo sítio natural é SVicente. Ao ponto em que a lata chega!! Desculpem-me a expressão, mas P!!!! para República centralista de Santiago, querem ter tudo nesta república, querem o bolo e comê-lo ou o que?
    Eu já disse Cabo Verde assim não tem solução ou a solução para Cabo Verde é RegionalizaçãoFederal +Descentralização+Senado+com gente com personalidade a defender a ilha de S. Vicente e a Região Norte caso contrário é fechar as portas e emigrar.

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  2. O sítio ideal para uma escola do mar é no Mindelo, pelo facto de esta ilha ter já uma vocação ligada ao mar e sempre viveu do/e voltada para mar. Aliás deveria ser incluída na UNICV como duas faculdade funcionando em dois polos. As faculdades podiam disponibilizar entre outros, programas de estudo como Pesca e Ciência Aquática, Ciência da Atmosfera, Ciência do Mar e Oceanografia, Ciência das Culturas, e Solos, Ciências do Ambiente, Florestação, Estudos Geológicos assim como programas em Horticultura, Hidrologia, Recursos Naturais, Protecção de Plantas e Gestão de Pragas, Recursos Naturais e também Sustentabilidade. Por exemplo uma faculdade de Ciências do Mar e Pesca, e Ambiente Atmosférico em S.Vicente e uma faculdade da Agricultura e Ambiente Terrestre em Santiago e um Polo em S. Antão. Nesta linha o Sal poderia ter uma faculdade vocacionada para o Gestão do Turismo Lazer e outras áreas afins.
    Para as formações referidas pelo articulista acho que uma escola com Cursos para Bombeiros, Técnicos de Protecção Civil, Técnicos de Emergência Médica, Equipas de Salvamento para operações em ambientes diversos poderiam constituir a vertente profissional de uma Escola para o efeito que garanta uma certificação adequada e que pode ficar numa outra Ilha. Mas se tivéssemos marinha o salvamento no mar estaria a cargo desta que em princípio teria os meios técnicos e tecnológicos para tal.
    Se se puxar tudo para Santiago que já está a rebentar pelas costuras de tão gordo que está, o que será das outras ilhas senão uma pálida sombra para não dizer Ilhas zombie, à mercê de um vampiro que lhes suga o sangue?
    Enfim, tudo isto é bonito mas Cabo Verde é tão pequeno, com uma população reduzida e com uma economia irrisória que não sei se investimentos deste calibre são viáveis para não dizer “sonhos”.

    Matrixx

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  3. Ora, para «complemento» acrescente-se um «anexo» a essa tal Escola do Mar e resolvia-se o problema (Escola que já foi Instituto, que agora é Escola e, que, qualquer dia é Liceu.. ou Escolinha do Mar.) Dificuldades de deslocação dos alunos de Santiago? Francamente. Tais dificuldades terão igualmente os alunos de Santo Antão ou da Boavista para se deslocarem a essa Escola Complementar, na Praia. Indo direto ao ponto: Cabo Verde dará um salto significativo no dia em que os nossos «opinion makers» assumirem que o desenvolvimento de um país frágil como o nosso só é sustentável numa perspectiva integrada, unificadora, valorizadora de cada ilha, na sua plenitude e em interação com o todo nacional. A Praia de hoje é vítima de uma excessiva centralização ( a raiar o centralismo exacerbado) e essa condição de vítima é denunciada pelo próprio Presidente de Camara Ulisses Correia e Silva. Essa centralização exagerada prejudica os outros concelhos de Santiago e todo o resto do país. Haja uma visão global. Veja-se o território nacional como um todo. Na linha dessa «proposta» faltarão então escolas «complementares» de hotelaria e turismo no Sal, na Boavista, no Mindelo, em Porto Novo, no Fogo e assim por diante. Concerteza que não tem sentido ir por aí, não e?. A sede da ASA está no Sal? Ora, na Praia ficaria melhor, se calhar...a sede da Enapor está em S. Vicente? ora na Praia ficaria melhor, se calhar...as sedes da Enacol e da Vivo estão em Mindelo? ora se calhar há que convencer os acionistas a mudarem essas sedes para a Praia...A Agência Marítima? Praia, já! O observatório oceanográfico está em Mindelo?! A substituta da Interbase foi construída no Mindelo? se calhar errou-se redondamente, deveria ser tudo na Praia, pois. O instituto de meteorologia está no Sal?! Por que carga d água? Praia, já!Tudo na Praia, tudo em Santiago e pronto. O raciocínio inconfessável subjacente parece ser o seguinte: vamos satisfazer o eleitorado santiaguense, quem ganha Santiago fica perto de ganhar Cabo Verde. Desenvolve-se Santiago e o resto das ilhas que se desenrasquem. Caramba, pá. Fica a faltar o Monte Cara para ser deslocado, a baía do Mindelo para ser esvaziada e «reinventada» na Praia, a areia branca das praias do Maio, do Sal e da Boavista, tudo para Quebra Canela, Gamboa, Praínha, São Francisco, imediatamente, etc...Os Hotéis? desmontar pedra a pedra e reconstruir em Santiago. As salinas do Sal? Santiago, já!Enfim, chega a ser ridícula essa lenga lenga da pró-Praia. Ela é eleitoralista, do regionalismo mais primário e visceralmente badiuísta.

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