José Fortes Lopes |
Segundo uma certa corrente de Pensamento em Cabo Verde "os defensores da Regionalização são pessoas da Diáspora bem instaladas na vida e que não têm mais nada a perder na vida"! Esta afirmação é uma infâmia, sobretudo quando pronunciada por supostos intelectuais. Isto dá uma ideia do estado de deliquescência social, política, cultura e intelectual em que está mergulhado Cabo Verde. Está subjacente a essa afirmação que quem, em Cabo Verde e na Diáspora, opine ou abrace uma causa cívica corre riscos sérios de ser proscrito para não dizer mais nada... Isto deita abaixo o manto diáfano da hipocrisia em que se vive em CV, do 'comi' e cala, senão..... Portanto, quem afirma tal enormidade denuncia uma situação social e política indigna em C. Verde: quem se engaja em movimentos cívicos é porque não tem mais nada a perder, pois enquanto tiver algo a ganhar fica confortavelmente quieto, como o fazem as pessoas que lançam estas acusações, porque cairá dos céus o Maná sem nada se pedir... Ou seja: a um cidadão que se engaja numa acção de cidadania, o sistema (O BIG BROTHER) dá cabo dele, tira-lhe a mama, tritura-o, isola-o, torna-o "persona non grata", e não terá mais futuro em C.Verde! Estaremos pois a viver ou numa Farsa de Democracia ou numa Ditadura Democrática, o diabo que escolha... É uma condenação dos cidadãos da Diáspora que tomaram a dianteira da defesa dos direitos dos cabo-verdiano à Regionalização: ''Vocês os atrevidos da Diáspora que não sabem estar calados não têm mais futuro em Cabo Verde, nem como turistas..." Ai, meu Deus !!!!
A mensagem que estão a querer passar é que Cabo Verde não precisa da Diáspora. A não ser quando é para colectar votos, e depósitos, mas quanto à sua participação em movimentos cívicos e de cidadania acham que não têm voto na matéria. Foi por isso que o Pedro Pires em tempos chamou à diáspora de estrangeirados.
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