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sábado, 16 de janeiro de 2016

[8819] - PAICV - NÃO À REGIONALIZAÇÃO...


Caros,

Como vos foi informado, a Presidente do Paicv, Janira Hoffer Hoffer Almada, solicitou um encontro com a Associação "Grupo para a Regionalização", encontro este que teve lugar na sede do grupo. Fez-se acompanhar do vice Presidente, Manuel Inocêncio Sousa e do Secretário Geral,  João do Carmo.

Construir uma maioria confortável de vontades para depois se reflectir em números de Deputados à causa da Regionalização no futuro Parlamento Cabo-verdiano, criou uma expectativa acrescida no seio do Grupo a solicitação do Paicv para esse encontro, conhecendo, contudo, os ziguezagues do Paicv sobre a matéria. Entendia-se, porém, que tendo o MPD assumido publicamente a sua posição oficial, a reacção do Paicv iria na mesma direcção. Lamentavelmente, tinha razão o Onésimo quando se opôs ao encontro, argumentando que se podem ter "fraquezas Políticas mas de carácter, nunca" referindo-se às varias tentativas feitas para se tentar chegar à mesa de conversações com o Paicv e que este, ora dizia sim e não comparecia, ora empurrava com a barriga para um calendário mais distante para abordagem da questão e, assim, ganhar tempo.

Assim o nosso encontro foi um FALHANÇO TOTAL.

O Paicv, pela voz da JHA, não subscreve um projecto nos termos e modos do Grupo: quer, sim, um reforço do Poder local por via das Câmaras Municipais!

É tudo por hoje.

Manuel Maria Fernandes

4 comentários:

  1. Penso que desta vez temos de creditar toda a razão ao Onésimo Silveira. Sobre esta matéria, o PAICV nunca enganou ninguém e honra lhe seja feita ao não esconder as suas reais intenções: reforço do poder local, e não à regionalização. Reforço que pode não passar de mera maquilhagem, mas, mesmo que acarretasse algo de mais nutrido, jamais nos poderia contentar, porque a regionalização ou se faz ou não se faz, não pode ser um simulacro. É que o único objectivo que justifica a nossa luta é uma verdadeira descentralização que dote as regiões de instrumentos políticos e financeiros que lhes confiram autonomia para se governarem. Alguém, numa visão mais moderada, poderá ripostar dizendo que, não senhor, o reforço do poder autárquico será uma primeira fase do processo. Puro engano. Mais do que qualquer proveito significativo, haveria o risco de se cair numa inércia negativa: ninar o boi para o adormecer, mandar para as calendas gregas a verdadeira reforma.
    Mas o que me intriga é não haver uma tomada de posição dos deputados pelas ilhas da periferia, à revelia do directório partidário. Se esses deputados estivessem de algum modo identificados com esta reforma, bastaria que se reunissem e estabelecessem uma base comum de entendimento à volta do interesse das ilhas que representam. Até ao momento, e que conste, apenas um outro deputado se manifestou isoladamente em artigo de opinião ou declaração pública. Mas parece que são casos de deputados descontentes com as respectivas direcções partidárias por terem sido preteridos em listas ou por verem comprometidos os seus objectivos de carreira política pessoal. Temos a democracia capturada pelos aparelhos partidários, inquinando as suas virtudes. É por isso que cada vez mais me convenço de que a reforma de que o país precisa é ainda mais profunda e exigente do que a simples criação de mais um nível autárquico. É preciso mudar o sistema, saneá-lo, eliminar o supérfluo, regenerar a democracia, criar outra mentalidade, enfim, partir de novo do zero.
    Entretanto, estranha-se o silêncio e o absentismo (ou a inoperância?) da UCID.

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  2. O que, na realidade me deixou perplexo foi a impossibilidade de explicar a mim mesmo as razões da promoção do encontro se já se sabia, à partida, quais seríam os resultados? Exemplo flagrante de uma situação de "chuva no molhado"...

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  3. Eu até receber a informação sobre os resultados de tal reunião ainda acreditei que aquela senhora iria abrir a mão do Centralismo. Sendo assim nada mais resta a espera do PAICV. Para mim este partido está em rota de colisão com as minhas convicções.

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  4. A iniciativa do marcar um encontro e não impressionar quem se deslocou, demonstra uma falta de calo politico da parte da jovem lider. Ê como um actor que entra no palco e nada tem a dar ao espectador.
    Pela certa a JHA decepcionou alguns adeptos e isso (des)conta no dia da votação.

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