Dizem as estatísticas que, diariamente, cerca de 900 camiões de transporte de mercadorias portugueses que demandam os mercados europeus, nomeadamente os de Espanha, França e Alemanha, abastecem-se de combustível em postos do País Basco, tanto à ida como no regresso...
Feitas as contas, a partir de um gasto médio de 200 milhões de Euros mensais dos camiões portugueses, conclui-se que eles abastecem cerca de 3.420 milhões de litros por ano o que, em Portugal, corresponderia a 1.680 milhões de Euros em impostos...
Ora, o Governo Português decidiu, recentemente, onerar esse - e outros combustíveis - em 6 cêntimos estimando, assim, realizar anualmente, na recolha de impostos, mais 313 milhões de Euros...
Quer isto dizer que, se o Governo tivesse resolvido baixar o preço do gasóleo para os níveis a que as Empresas de camionagem o adquirem em Espanha transferindo, assim, para o nosso País o abastecimento de cerca de 330.000 camiões por ano, o fisco arrecadaria mais 1.367 milhões de Euros do que o que recolherá com o aumento decretado pelo Governo, ou seja, mais 60% do que a receita de 2015!
Será que o senhor Ministro das Finanças já esqueceu a aritmética que decerto aprendeu na antiga Instrução Primária?!
Enquanto o Jeroen Dijsselbloem e o Wolfgang Schäuble mandarem nos destinos da Europa, ou seja, nas nossas vidas, parece que ficamos tão desnorteados que baralhamos qualquer contabilidade aritmética. E depois vai-se ver e descobre-se que o primeiro daqueles sujeitos foi o criador do paraíso fiscal no seu país, a Holanda, enquanto ministro das finanças.
ResponderEliminarTem razão o Pacheco Pereira no seu último artigo, “Escravatura por Dívida”