"Moral" do “debate”: se o MpD não fizer, entretanto, disparates, e estiver atento aos jogos "por debaixo dos panos", em que o PAICV é especialista, vence as eleições de 20 de março. Sem sombra de dúvidas!
Do debate a cinco, na TCV, ficaram-me estas perceções:
1. Não registei qualquer ideia de João Alem ou de Amândio Barbosa Vicente, aquilo é o deserto, não há qualquer substância, aqueles partidos não servem rigorosamente para nada;
2. António Monteiro não acrescenta nada e perdeu uma oportunidade de ouro para afirmar a UCID como charneira da política caboverdiana. É limitado, não tem visão, parece estar ali apenas para garantir o seu próprio lugar de deputado;
3. Janira Hopffer Almada incorreu em vários "pecados mortais": revisitou os anos 90, cuja governação já foi avaliada em 2001. Focou-se no trabalho de Ulisses na Câmara da Praia, que é a grande mais-valia do líder do MpD e razão maior da simpatia popular que o rodeia. Tem um discurso vazio, construído em slogans e ideias gerais. Fugiu à pergunta sobre a nomeação do marido como administrador do INPS (perdendo uma oportunidade para se retratar junto dos caboverdianos). É arrogante e tem um tom de voz agressivo e irritante (próprio, aliás, de "meninas-do-papá" que olham o mundo por debaixo do seu nariz). Mostrou não ter condições para estar à frente de um clube de bairro, quanto mais do governo de Cabo Verde;
4. Ulisses Correia e Silva apresentou ideias, mostrou sobriedade e postura de estadista, deixou de ser candidato e comporta-se já como primeiro-ministro de Cabo Verde.
"Moral" do “debate”: se o MpD não fizer, entretanto, disparates, e estiver atento aos jogos "por debaixo dos panos", em que o PAICV é especialista, vence as eleições de 20 de março. Sem sombra de dúvidas!
Post Scriptum: Quando ao espetáculo chamado “debate”, organizado pela TCV e RCV, aquilo apenas merece nota zero e pouco mais. Nota zero para o formato, antítese de um debate e que queima qualquer possibilidade séria de discussão de ideias (quem inventou aquilo deve ser uma dessas sumidades saídas dos prémios de jornalismo do governo…); nota zero para a prestação da “melhor jornalista de Cabo Verde” (Rosana Almeida), que esteve reiteradamente medíocre, a trocar segundos por minutos e a ordem dos entrevistados; pouco mais a Júlio Vera-cruz Martins, que se não fora o atamancado programa e os deslizes da sua colega de palco, até teria brilhado.
António Alte Pinho | privado.apinho@gmail.com
Eu não vi o debate mas leio a opinião de um profissional de Comunicação Social e deduzo que ainda não conseguimos ter um Politico à altura de empolgar um punhado de futuros eleitores.
ResponderEliminarIsso causa-me consternação, sobretudo por estarmos esperançados de ver uma mudança radical.
Que Deus nos acuda !!!
Vou acompanhando as notícias sobre este período pré-eleitoral e vou formando a minha opinião. Embora procure manter-me equidistante dos partidos, neste momento fortalece-se-me a convicção de que Cabo Verde precisa neste momento de uma Mudança no poder. Pena é a UCID não se afirmar como uma verdadeira força política. É pena também que não apareçam novas forças políticas.
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