Rosário da Luz |
“Permitam-me um balansu pessoal dos últimos três dias:
Quanta baixaria, hein nha pov!?!? Quanta boca vitoriosa mal mandada, quanta gaucherie publicamente demonstrada, quanto “post” perfeitamente dispensável aqui no Face!
Antigamente, quando um general vitorioso conquistava uma cidade, compensava os seus soldados com a pilhagem do burgo; e permitia-lhes que vingassem a sua fome, seu cansaço e sua frustração com atos abomináveis de estupro, roubo e massacre. Afinal, era assim que se pagavam mercenários. And today?
Lamentavelmente, os generais.cv também admitem excessos pavorosos às suas tropas. Eu sei que vivemos num estado de direito e que estes excessos são apenas simbólicos. Mas o problema é que o general do momento fez campanha sob o lema “governar para todos os Cabo-verdianos”. Parte da sua vitória deve-se precisamente à exclusão pelo PAICV de todo aquele que não subscrevesse cegamente o partido. Eu estou cá para o provar.
Ulisses Silva construiu uma imagem de campanha sobre o pressuposto de que “Si Partidu e Kabu Verdi”; e reforçou este compromisso de forma bastante promissora no discurso de vitória. Contudo, convém lembrar-nos que, por mais acertada que tenha sido a sua postura, tudo o que prometeu vai ter que ser realizado com PESSOAS; e muito provavelmente com gente da sua corporação. Ou seja, precisamente o pessoal que tem exprimido tão alegremente o seu rabentolismo.
O general do momento deve lembrar-se que quem lhe deu a vitória não foram os fundamentalistas do MpD; foram cidadãos neutros, fatigados com os excessos da governação anterior e ansiosos por um governo de justiça e mérito. O general tem que ter cautela para não ver o seu discurso – e as altas expectativas dos seus constituintes – defraudados pela agressividade social dos seus soldados.” (in FaceBook)
By Rosário Luz.
Gosto do que escreve esta senhora mas deve compreender que o partido que chega vai encontrar a loja em cacos e precisa de um tempinho para colar o que poder e mandar o resto para o lixo.
ResponderEliminarFico aguardando com certa espectativa como o UCS vai formar o Governo e se vai pensar nos "independentes" e/ou nas outras ilhas porque uns e outras votaram. Afinal a Repùblica é de Cabo Verde e todos os seus filhos devem (podem) ser chamados a participar na sua (re)construção de democracia.