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sábado, 16 de abril de 2016

[9134] - S.VICENTE E AS AUTÁRQUICAS...


Corrida que está a légua das Legislativas, Cabo Verde prepara-se para as Autárquicas, esperando-se que os Partidos comecem a escolher os seus candidatos lá para o mês de Junho.
Isso, no entanto, não invalida que as chamadas "forças vivas" que, nos últimos anos, se têm mantido um tanto à margem dos acontecimentos, comecem, desde já, a levantar o véu sobre algumas preferências, nomeadamente, no que concerne ao Concelho de S.Vicente, onde o ostracismo do Governo Central, ao longo dos últimos longos quinze anos, acabou por plantar um imobilismo que apenas tem servido os interesses mesquinhos dos detractores da ilha que sempre se habituou a ser um paradigma das virtualidades do povo cabo-verdiano, em todas as sua vertentes.
Vem ao caso que as Redes Sociais começam a movimentar os nomes de candidatos a candidatos, especialmente, os de Brito-Semedo e João Branco, para a Câmara Municipal de S.Vicente, para os cargos de, respectivamente, Presidente e Vereador (da cultura e actividades afins, claro)...
Não tenho o prazer de conhecer pessoalmente nenhum destes distintos cavalheiros mas, por outro lado, o volume da sua influência na vida social e a profunda afeição que nutrem pela ilha e pelas suas gentes são tais que, para mim, isso são predicados mais do que suficientes para se aplaudir a mãos ambas a escolha... Não sei, claro, se estas possíveis candidaturas, a confirmarem-se, o serão a nível partidário ou independentes, muito embora preferisse que se apresentassem ao escrutínio da forma mais descomprometida possível. Mas, de um jeito ou de outro, creio que terão o apoio de uma maioria esmagadora do eleitorado por motivos que todos, infelizmente, conhecemos de sobejo.
O mote, está aí! Que venha a glosa!

10 comentários:

  1. O problema de Cabo Verde é que a sociedade civil propriamente dita, ainda não se constituiu como "força viva" no sentido profundo do termo. Como existem nas sociedades democráticas. Passámos do estado/partido monolítico, sem democracia; para estado/partidos. No caso, dois com expressão nacional. Oxalá! cresça e floresça a UCID! Continuamos a viver, embora em democracia, uma dualidade redutora para qualquer manifestação social, reivindicativa ou de outro género. Infelizmente esta é a realidade nacional. O que é uma pena. Mas vale a pena incitar a sociedade civil a ter a palavra, a tomar iniciativa, de forma independente. Daí o meu apreço por esta texto.
    Abraços

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    1. Plenamente de acordo com o que diz a Ondina. Ainda mais quando cita "oxalà cresça e floresça a UCID", um partido que conheço. Isso seria o ideal para que tenhamos uma alternativa para acabar com o "cabà bo dà-me". UCID tem uma vida de 4 décadas e tem possibilidades de ser actor no teatro da Nação e sair do "estrapontin" onde se encontra por desejo do partido ùnico. So lhe falta mais alguns elementos técnicos em certas departamentos.
      Mas... hoje estamos falando de Candidatos Independentes e gostaria que a Senhora contribuisse com mais força porque S.Vicente (em particular) e Cabo Verde (em geral) precisam das suas Damas, nomeadamente quem tem experiência. Não vou citar nomes agora mas tenho dois nomes a quem vou fazer apêlo e que podem contribuir com eficàcia.

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  2. Para que a justiça seja reposta é necessário indignar-se o que é o preâmbulo de qualquer transformação - seja onde for - para a supressão do injusto e o reajustamento.
    E houve ocasiões varias para isso mas nunca tivemos ninguém capaz de tomar a responsabilidade dos seus actos, de provocar um levantamento contra o cálculo mesquinho subordinado ao motivo de interesse egoísta, privado e individual. Subimos, tais mártires, e perdemos tanto, tudo, e connosco a Nação.
    Portanto, demonstrar a nossa indignação fazendo a cada vez a constatação das más condições, dos sofrimentos materiais insuportáveis que os mandões, fechados nos seus palàicos, sentencionaram, é um dever nacional. Caso contrário, cada ano as condições de vida degradam-se e a esperança de vida melhor evaporam-se até a indignação chegar ao ponto de dar um grito de revolta.
    Mas...
    Nada se fez e agora temos de participar, de fazer como temos feito ultimamente. E agora sobressai ideia de Candidatos Independentes (mesmo aparentados politicamente) para um entendimento com o Novo Governo. Precisamos de Mulheres e de Homens para manifestar, escrever e lutar contra a alienação moral e psíquica, para o direito e para a justiça.

    Antes da guerra deve-se saber como manejar as armas.

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  3. A impressão que se tem é que se acabou a época dos entraves e se entra na de liberdade de expressão. "Nem tanto ao mar nem tanto à serra", portanto "juste mesure". Que não venha uma guerra larvada como a que alguns declaram aproveitando-se da possibilidade de escrever sem sem censura.
    O que precisamos é de aproveitar a oportunidade para uma educação para uma vida democrática e da emergência da inteligência colectiva para se resolver os problemas mais complexos da nossa micro sociedade. Não se trata de curar ninguém mas de amelhorar as relações sociais e de educar para a vida democrática, o desenvolvimento do espírito critico e amenizar a capacidade de conflito, sem violência, mas com a responsabilidade individual
    Tio Dudu

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  4. Tanto o Brito Semedo como o João Branco sabem que a sua afeição pela ilha é inteiramente retribuída, e assim está desde logo criado um capital de confiança que tem pés para andar rumo a uma candidatura independente nas próximas autárquicas, tal como é aqui sugerida. Eu não teria qualquer pejo em apoiar essa candidatura. Resta é saber como conseguirão remover as pedras que os partidos tradicionais lhes vão colocar no caminho.

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  5. A priori sou favorável ao Brito Semedo na CMSV mas primeira coisa que tem que ser feita é consultá-los para saberem da sua disponibilidade. Pois ele deve conhecer mais do que qualquer o terreno e fazer as contas.

    A ideia de presidentes de câmara independentes é boa, mas convenhamos que em regime de partidocracia partidária 2+1 nenhum candidato independente terá grandes chances. Agora é sempre bom concorrer, pelo menos para mostrar que existem outras pessoas. O sistema estando armadilhado temo que um candidato independente é levar a cabeça ao cadasfalto.
    Esta é a minha opinião

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  6. Um com um candeeiro d'pitrol atrás, por causa dos infindos cortes da Electra, fora a mais que adequada gravata de panu di téra; o outro, em Lisboa, frente ao Teatro Nacional de D. Maria II, onde estaria tão adequadamente como está no Mindelo. Quanto ao resto, considero que lançar estes nomes mais que excelentes antes de tempo é prejudicial. Por isso, embora estimando ambos, calo-me...

    Braça de bico calado,
    Djack

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    1. Ó Djack, afinal você calou-se mas só depois de ter dito tudo! Bem pensado...
      Braça compreensivo,
      Zito

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  7. Ontem, Sábado dia 16/04/2016, esta quase a terminar na Cidade da Praia/Capital o Criol Djazz Festival. Em São Vicente muita gente a circular pelas ruas da cidade do Mindelo e a zona da Laginha com bandas musicais espalhadas pela rua de Lisboa e a praia da Laginha em simultâneo.
    Portanto meus senhores com tanta festa para festejar neste neste país que num passado recente se morreu de fome, este povo quer é viver o dia a dia; o seu "Futuro" é problema dos outros.
    Dito isto é preciso muita coragem para se disponibilizar fora do círculo partidário para se candidatar a qualquer que seja, e no fim prestar contas; "moda Cuxim ja katem".
    Abraço

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  8. Tiro o chapéu a estas pertinentes palavras do Marco Soares.

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