Os familiares do soldado desaparecido do destacamento militar de Monte Txota, Manuel António Silva Ribeiro, conhecido por ‘Antany Silva’, procuraram Polícia Nacional no Palmarejo para revelar que o militar confessou ter assassinado as onze pessoas. Afirmam que “Antany” procurou alguns parentes após o crime e desabafou ser ele o autor dos assassinatos, sem revelar as suas motivações...
Segundos os familiares, Antany confessou ter matado as onze vítimas uma a uma, chamando cada um e disparando contra eles. Na casa dos parentes de Antany foram encontrados uma das armas desaparecidas (AKM) e três carregadores, supostamente deixados por ele quando os procurou.
Entretanto, o soldado voltou a desaparecer. Neste momento, há um aparato policial sem precedentes, com cerca de 40 militares a formar um cordão de segurança em torno da praça do Palmarejo – frente à Esquadra -, as estradas estão cortadas e o acesso restrito nas imediações do estabelecimento policial.
Esta terça-feira, durante uma conferência de imprensa na Praia, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, afirmou que o soldado desaparecido – no momento não havia a confirmação de que Antany fora detido – é o principal suspeito desta chacina, realçando, contudo, que não existem indícios de ligação destes factos com o narcotráfico, nem com o terrorismo.
Paulo Rocha disse que motivações pessoais estarão na origem destes acontecimentos. O ministro garantiu, entretanto, que as autoridades estão a tomar todas as medidas que se impõem para esclarecer o caso. Mas esta explicação não convenceu os cabo-verdianos que, através das redes sociais, exigem informações mais concretas, sobretudo no que diz respeito às vítimas.
C/Oceanpress - (A Semana)
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