A União Europeia acaba de desbloquear uma verba para requalificar as Salinas do Porto Inglês, na ilha do Maio. Orçado em cerca de 80 mil contos, o projecto é financiado, em 60 por cento, pela União Europeia. O remanescente é co-financiado pela ONG portuguesa “Instituto Marquês de Vale Flor” (IMVF), a Câmara Municipal de Loures, a “Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Ilhas de Boa Vista e Maio” (SDTIBM) e a Câmara Municipal do Maio. A iniciativa conta ainda com o apoio da Direcção Nacional do Ambiente (DNA) e da “Cooperativa de Produção de Sal do Maio”...
Os trabalhos devem durar três anos e têm como um principais objectivos transformar o espaço num motor de desenvolvimento socioeconómico sustentável da ilha do Maio. “A Salina do Porto Inglês destaca-se como ponto de interesse nacional e é uma importante fonte de rendimento para as comunidades locais, que importa valorizar e preservar. O projecto aposta na sua requalificação e valorização, que irá incluir a melhoria das actuais condições de extracção de sal e a criação de novos elementos de interesse turístico que possam funcionar como actividades de geração de renda complementar”, lê-se no formulário de pedido de subvenção à UE.
O documento realça ainda que, a par da promoção da “Salina do Porto Inglês” como importante complexo económico e turístico, se prevê uma intervenção mais abrangente e concertada em toda a ilha. Para tal, realizar-se-á uma progressiva requalificação urbana da Vila, bem como acções formativas direccionadas a artesãos e associações comunitárias que potenciem quer o turismo solidário quer a preservação ambiental. Para este efeito, está consagrada a formação de técnicos e a valorização de produtos locais.
Para os promotores do projecto, a articulação entre estas duas componentes resultará no enquadramento social, económico e ambiental adequado à consagração da ilha como destino turístico de qualidade. As novas oportunidades de negócio terão impacto directo na melhoria dos índices económicos e sociais da ilha, espera-se.
É neste contexto que serão feitas intervenções que permitam valorizar o património cultural e desenvolver a diversificação dos produtos deste potencial atractivo turístico que são as salinas. Conforme o formulário do pedido de subvenção à UE, estão, entre outras actividades, previstos a criação de uma salina intensiva, o arranque de tanques para banhos terapêuticos e a melhoria das instalações da Cooperativa de Sal. A outra novidade vai ser a criação de um eco-museu.
O projecto inclui, como actividades complementares, um Centro de Interpretação e a delimitação da área protegida, sinalização e trilhos. Prevê-se ainda iniciativas a nível das comunidades locais para promover o turismo solidário e valorizar o património ambiental. Para isso, projectam intervir junto dos artesãos, bem como incentivar a criação de rotas turísticas, a limpeza das praias, e, relacionados com a sensibilização para o património ambiental, criar postos de observação de aves e viveiros de tartarugas.
Conforme os promotores do projecto, tudo isso vai valorizar o Porto Inglês, que é considerado um dos sítios mais importantes e emblemáticos da ilha do Maio. Os trabalhos previstos devem envolver a sociedade civil. Neste sentido, o documento que vimos citando aponta que o grupo-alvo do projecto são 20 mulheres membros da Cooperativa de Sal, 10 artesãos e pequenos produtores locais, seis técnicos municipais, 20 jovens formandos e 13 associações comunitárias. (A Semana)
Mas que bela notícia! A ilha do Maio merece e há que explorar as suas potencialidades, que as tem efectivamente na indústrias salineira e turística.
ResponderEliminar