O “Índice de Escravatura Global 2016” coloca Cabo Verde como o quarto país lusófono com “escravos modernos”, depois de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique e à frente do Brasil e de Portugal...
O índice da Fundação australiana Walk Free considera que existem em Cabo Verde 2.400 pessoas em situação de quase escravatura (0,453% da população), tendo por base cinco critérios – “apoio a sobreviventes”, “justiça criminal”, “coordenação e responsabilidade”, “risco de escravatura moderna” e “Governo e negócios”. São nele analisados 167 países, entre os quais oito dos nove países lusófonos.
Angola, com 0,638% da população (159.700 pessoas), é o país lusófono em pior situação (43.º lugar), seguindo-se a Guiné-Bissau (46.º, com uma estimativa de 11.400 “escravos modernos”, o que representa 0,620% da população) e Moçambique (66.º – 145.600 – 0,520%).
A Guiné Equatorial surge na 127.ª posição (2.500 “escravos modernos”, 0,295% da população), Timor-Leste (130.ª – 3.500 – 0,286%), Portugal (147.ª – 12.800 – 0,123%) e finalmente Brasil (151.ª – 161.100 – 0,078%). Cabo Verde figura em 85.º lugar (2.400 pessoas- 0,453%).
Índia (18,3 milhões de indivíduos estimados), China (3,4 milhões) Paquistão (2,1 milhões), Bangladesh (1,5 milhões), Uzbequistão (1,2 milhões), Coreia do Norte (1,1 milhões) e Rússia (1,04 milhões) são os sete países acima do milhão de “escravos”, facto que resulta de serem dos países mais populosos do mundo.
Em contrapartida, Luxemburgo (100 pessoas), Islândia (400), Barbados (600), Nova Zelândia (800), Irlanda (800) e Noruega (900) são os países com menor índice de “escravatura moderna”.
(Liberal)
Escravatura que é sinónimo de desamparo social completo.
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