Este é o aspecto que o fotografado teria se, entretanto, não tivesse envelhecido para aí 60 anos - ou mais!
Trata-se do Manuel Marques da Silva, Manuel Marques ou Manél de Nhô César...
Desde que o conheço, dos tempos em que, em S.Vicente até havia um cinema que o pai dele tinha inventado - o Eden-Park - que lhe vejo este sorriso prazenteiro, que emoldura uma boa disposição permanente e uma piada na ponta da língua por duas razões principais: por tudo e por nada!
Hoje, o Manél telefonou-me...Queria saber de mim, da mulher, do irmão, enfim, queria fazer aquilo que ele faz melhor que muito boa gente: falar!
Claro que tive que lhe dizer que, agora, andava a apanhar oxigénio...Espantado, perguntou como é que eu fazia e lá lhe expliquei que tinha uma maquineta em casa, para efeito...Pareceu ficar mais aliviado e comentou: "Ainda bem, pá: pensei que tinhas que ir para a rua correr atrás dele, para o apanhares!"
As coisas que o Manél inventa!
P.S. - Claro que estas coisas, em crioulo, têm outro sabor mas temos que compreender que os russos não iriam entender patavina...
P.S. - Claro que estas coisas, em crioulo, têm outro sabor mas temos que compreender que os russos não iriam entender patavina...
De estórias e pirraças do Manel já nem me lembro. Foram tantas...
ResponderEliminarEsse jovem não é um velho; ele so tem umas juventudes acumuladas.
Temos dois ou três meses de diferença e ele foi meu chefe de turma no Gil Eanes. Não nos encontrávamos sistematicamente mas o suficiente para umas gargalhadas.
Manel foi criado, como eu, naquele nosso estilo de respeito aos mais velhos. Dai ele me contar há uns 3 anos por via telefónica:
- Quando o meu Pai chegou aos 40 anos ele era Nhô Césa. Eu faço 80 e ainda sou Manel.
Os tempos não são os mesmos e a educação està pelas portas da amargura. Podemos rir desta mas muitas outras nos entristecem
Força, Manel !!!
O Manel, sempre o Manel! Só o passei a conhecer bem depois do meu regresso a Cabo Verde, 40 anos depois da minha saída. Por mais de uma vez, apanhei-o na Praça Nova e eu me limitava a ouvi-lo debitar, quase sem poder abrir a boca. E com que proveito!
ResponderEliminar