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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

[9624] - HONRAR OS EGRÉGIOS AVÓS...



Eu sugeria que até ao final do ano se fizesse uma petição junto da Câmara Municipal de S. Vicente, para se dignificarem as figuras mindelenses que tiveram  papel importante na vida científica, cultural económica, desportiva da cidade, da ilha, do País ou foira dele.... A altura é propícia pois comemora-se este ano o centenário do Liceu de S. Vicente, essa instituição que também merece dignificação.
 Já ouvi entre amigo falar em comemorar este marco histórico mas, oficialmente, nomeadamente da parte da Câmara, ainda não ouvi nada. Compreendo, pois andam distraídos com coisas mais importantes. E, para além disso, vamos ter eleições autárquicas e presidenciais!!
Nunca é demais lembrar que o Liceu de S. Vicente, que já teve estatuto de verdadeira universidade por ter tido à sua frente exímios professores,  que naquele tempo eram a nata da nata cabo-verdiana, formou toda a maior parte da inteligentzia cabo-verdiana do século XX que, bem ou mal, administrou Cabo Verde e se espalhou pelo mundo. Na minha opinião o Liceu de S. Vicente que já se esfumou nas brumas do passado e do tempo  merece ser dignificado e honrado pelo estado.

José Fortes Lopes.

2 comentários:

  1. no proximo ano comemora-se o centenario da criação do ensino liceal em São Vicente. Habitualmente pelo 22 de Janeiro a Câmara Municipal de São Vicente condecora as pessoas que participam ou teem participado no desenvolvimento da cidade do Mindelo. O mais estranho é que nunca se condecorou um emigrante pela sua contribuiçao economica e cultural de São Vicente. Na continuidade dos anos anteriores seria uma oportunidade de condecorar, postumamente, todas as figuras ,vivendo dentro ou fora de Cabo Verde, que participaram no desnevolvimento daquela cidade. Não custa nada fazer um rapido inventario dessa gente...

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  2. Estou convencido de que a Edilidade mindelense irá estar à altura dos acontecimentos e que, nesse sentido, agirá atempadamente e procederá com perfeita noção das suas responsabilidades. Contudo, se houver descaso, ou sinais prévios que o indiciem, então a cidadania terá, uma vez mais, de se manifestar para lembrar a quem de direito o que lhe compete.
    Depreendo que a sugestão do José Lopes se refere mais a figuras do passado do que a cidadãos da actualidade, ou seja, àqueles que fizeram História e não aos actores da cena recente, porque, neste último caso, não só há ainda muita poeira por assentar, como a própria História não está suficientemente clarificada. Seria precipitado, e quiçá imoral, confundir o desempenho cívico de alto nível com protagonismos políticos que estão longe de reunir consenso na sociedade cabo-verdiana. Não poucas vezes, temos lamentado o baixo perfil cívico e moral de muitos actores da cena pública contemporânea, não evitando compará-los com os do passado.
    Por último, todos os que, de facto, merecem ser distinguidos, o deverão ser, independentemente da sua localização geográfica. Além disso, convém evitar a banalização de condecorações, sobretudo quando é nítido que muitos dos que ultimamente vêm sendo contemplados com galardões, não só não fizeram nada de invulgar como, as mais das vezes, estão longe de ser exemplos de cidadania, beneficiando apenas do crivo político conjuntural.

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