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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

[9944] - A CLEPTOCRACIA...



 O edil Augusto Neves e todos os deputados nacionais eleitos pelo círculo eleitoral de S. Vicente, perderam a oportunidade para exigir do Governo que os impostos arrecadados nas Alfândegas, Repartição de Finanças, Iva, Taxa de Manutenção Rodoviária e a Taxa Ecológica cobrados aqui em S. Vicente tenham outra distribuição ou seja atribuir a ilha maior percentagem de fundos em função das receitas cobradas pelo nosso município. 

O Orçamento de Estado de 2017 já aprovado na sua generalidade com os votos da bancada dos deputados que suportam o Governo, prevê arrecadar um total de 890 mil contos da taxa turística no próximo ano, sendo que metade desse valor será destinada para as ilhas turísticas do Sal e Boa Vista que contribuirão com 87% desse valor(45,9% pelo Sal e 41,4% pela Boa Vista), essa decisão do Governo mereceu uma forte contestação do Edil da Boa Vista, José Luís Santos, que segundo o mesmo a Boa Vista merece um tratamento diferenciado por um conjunto de razões, posição corroborada e apoiada pelo deputado nacional do PAICV , Walter Évora, eleito pelo circulo da Boa Vista que também insurge contra a distribuição da taxa turística indo mais longe ao afirmar que as ilhas do Sal e Boa Vista é que vão aguentar o esforço nacional e que a Boa Vista face a essa medida fica bastante prejudicada e injustiçada. De referir que a outra metade dos 890 mil contos, os 400 mil  serão distribuídos pelas ilhas e municípios com vocação turística para que elas tenham também condições para desenvolver o turismo.. Serão distribuídos 100 mil contos aos municípios com populações inferiores a 15 mil pessoas, discriminação positiva ,segundo o governo. 
Se as ilhas do Sal e da Boa Vista se  sentem injustiçados ao ser-lhes concedido apenas 50% da taxa turística que é gerada nas referidas ilhas, de S.Vicente poderia exigir do governo o mesmo tratamento em relação às receitas (impostos dircetos e indirectos) taxa de manutenção rodoviária e taxa ecológica, ou seja, a retribuição de 50% desses valores, gerados em S.Vicente 
Nos 15 anos de Governação do PAICV, foi a ilha que menos investimentos públicos recebeu em infraestruturas rodoviárias: apenas 6km para a estrada que liga Norte de Baía ao Calhau. No Orçamento para o próximo ano dos 60 mil contos serão alocados à manutenção rodoviária; 60% destina-se à Estradas Nacionais, 20% para acudir situações emergenciais e 20% para estradas nacionais...A quantia que poderá caber a S. Vicente é uma migalha ou "0", só em Santiago os 200 kms de estradas vão consumir todo o dinheiro. O asfaltamento da estrada Baía - Cidade, não foi contemplada neste Orçamento ficando adiado, talvez, para o ano de 2018 segundo as palavras da ministra das Infraestruturas e Transporte, Eunice Silva ao responder uma das questões colocadas pelo deputado da UCID, João Luís.
Instalou-se uma roubalheira descarada contra S. Vicente que nunca beneficia das decisões e prioridades do governo. A nossa comparticipação no Fundo de Manutenção Rodoviária anda à volta dos 25 a 30%, somos a 2ª ilha com o maior parque automóvel do país... Esta Cleptocracia tem de acabar! 
24.11.2016 - Eduardo Monteiro.

3 comentários:

  1. É o costume. O problema é que os mindelenses já se habituaram.

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  2. Faltam 56, para os 10.000.

    Braça contábil,
    Djack

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  3. Temos deputados impostos pelos partidos da Capital e que não teem traquejo para defender a nossa ilha de São Vicente. E por isso se deve proceder não so' a Regionzalizaçao das ilhas como também a regionalizaçao dos partidos politicos para que as populaçoes possam escolher os seus verdadeiros representates. Se o José Luis pôe os dedos nas feridas do centralismo é que os outros deputados teem o direito de fazer o mesmo.

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