Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de
cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de
janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o
que quero…
Fernando Pessoa
(Colaboração
Artur Mendes)
O Artur traz-nos a poesia de Pessoa e o sentimento universal de que somos viajantes pelo mar da vida, mesmo que nunca pisemos o convés de um navio. Desejamos abarcar o horizonte mais longínquo, mesmo sabendo que quanto mais dele nos aproximamos mais ele se afasta. Como o poeta nos diz, por mais portos que demandamos, a nossa alma viajante é insaciável. Viajamos por viajar, alimentamos o sonho de um porto inatingível, sem saber que ele está dentro de nós.
ResponderEliminarObrigado, Artur. Obrigado, Zito.
Gosto particularmente deste poema. Agradeço a partilha ao amigo Artur.
ResponderEliminarPoema bonito, ilustrada com uma linda foto, com o fundo lembrando os mares de CV e um pôr do Sol atraz do Monte Cara
ResponderEliminarPessoa tem uma infinita capacidade de ser universal. Não conheço que não enxergue a propria alma em seua textos. Hoje,ao meio dia, depois de 7 dias de festa, o carnaval acabou...mas sábado tem festa da ressaca.
ResponderEliminarBraça a todos,
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAo sol poente estendo a minha mão, tencionando livrá-lo do pungente crepúsculo.
ResponderEliminarNa manhã seguinte, abraço-o como se de pródigo rebento se tratasse, erguendo-o para o bem-estar absoluto.
Eu sou uma pessoa. PESSOA É-OS!
Breu e claridade;
Vida e Morte;
Amor e Fel entranhado;
Mar e Praia,
Praia onde me sento para agradecer a percepção do que me rodeia e rodeou.
Por conseguinte, SINTO, LOGO ZITO (forma do novo verbo Zitar, homologado como significando Vibrar, Criar, Compensar, Enaltecer; enfim, Viver com cretcheu!)
António Rebelo
(O Diógenes Angolano, que se procura a si mesmo)
Sr Artur,
ResponderEliminarObrigada pelo lindo poema.
Um beijinho