GEORGIOS A. PAPANDREOU, Primeiro Ministro da Grécia, das duas uma: ou é, na realidade, um político de mão cheia ou é um fulano com uma sorte de todos os diabos...
Quando, há dois dias acenou ao mundo com o fantasma do referendo que nunca se soube bem se era sobre o Euro, sobre a permanência da UE, sobre o plano de saneamento da economia ou sobre o perdão de 50% da dívida grega, logo se levantou um coro de lamentações, com declarações mais ou menos dramáticas prevendo a hecatombe, o fim do Euro e da União, o desastre completo...Os dois do costume, que passam mais tempo um com a outra do que com os respectivos cônjuges, logo reuniram para combinar uma nova reunião mais alargada para, com o PM grego, fazê-lo caír na real e acabar com a mania de dar tiros no próprio pé, segundo se pensava, pelo menos...A reunião do G20, entretanto, dava à luz mais um ratinho e mais não seria de esperar de um conjunto de pançudos bem instalados na vida que têm dessa mesma vida uma visão que nada tem a ver com a realidade da vida...dos outros...Enquanto isso, o grego Papandreou, dava o dito por não dito, atirava com o referendo às urtigas, o mundo respirava de alivio porque tudo voltava à normalidade da anormalidade anterior o que, sendo mau, não era, no entanto, pior, até porque, à meia-noite ou cerca disso, o parlamento grego votava a moção de confiança apresentada pelo Governo de forma favorável para o executivo devolvendo um largo sorriso à face do P.M. Papandreou...Quer isto dizer que, graças a uma brincadeira de mau gosto - o referendo - o felino governante acabou por obter lucros políticos importantes vindos do voto de confiança que lhe concede uma maior legitimidade para negociar a divida e o mais que haverá para discutir...Ficou a ganhar, depois de ter colocado meio-mundo a suar abundantemente...É um brincalhão, este Papandreou!

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