As instituições vocacionadas para empréstimos à compra de habitações estão, ao que parece, a aconselhar os casais interessados para uma modalidade de responsabilidade partilhada por ambos os cônjuges no que toca à formulação, assinatura e cumprimento dos contratos. Isto, dizem os mentores, obrigará, depois, cada um dos membros do casal a pensar muito bem antes de entrar numa de pedir o divórcio face aos problemas legais da partilha de bens que se levantariam no espaço de tempo que decorre entre a assinatura dos contratos e o integral pagamento do empréstimo...Coisa que pode ir até várias dezenas de anos, o que também proporciona aos casais eventualmente desavindos tempo suficiente para pensarem as coisas com calma, resolverem os diferendos e ir envelhecendo
pacificamente...Depois, quando a casa já lhes pertencer por direito e for mais fácil a partilha, já eles não têm nem forças nem vontade para outra coisa que não seja viver os anos que lhes restam no doce respaldo da velha cadeira de baloiço na casa DELES, que lhes levou uma vida a pagar e que só abandonarão de pés para a frente...
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