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segunda-feira, 17 de junho de 2013

OBSESSÃO...


Há semanas que este senhor, Mário Nogueira, professor de profissão e sindicalista por vocação, aparece em tudo quanto é veículo de informação com uma persistencia que raia as fronteiras da obsessão, batendo tudo quanto é VIP, membro do Governo, actor, artista, escritor, inventor, tudo e todos...
Mas, quem é este cavalheiro que parece saber de tudo mais do que todo o mundo, ter sempre razão e nunca se enganar e fala para a populaça com a sobranceria de um professor excepcional perante um país formado por ignorantes  papalvos?
Camilo Lourenço escreveu em  20 de Dezembro de 2011, na Revista "Negócios", um interessante artigo que, passado um ano e meio não perdeu a actualidade e que, com a devida vénia, transcrevemos...
Mário Nogueira tem  31 anos de serviço.  Onze deles, passou-os a ensinar. O resto foi dedicado a esse extraordinário sindicato (ou será "think tank"?) da educação que dá pelo nome de Fenprof desde 2006, mediante o regime de "ponderação curricular" (aplicável a docentes destacados em sindicatos e outros organismos em que não leccionam) e foi avaliado. Com "Bom"...Ao "Correio da Manhã" Nogueira explicou assim o processo: "Fui avaliado com base num relatório de toda a actividade desempenhada na Fenprof, acções de formação que realizei, conferências e congressos em que participei, artigos que escrevi na comunicação social , tudo." Tudo, menos ensinar. Afinal, é para isso que os professores servem, não é?
O processo é irregular? Não. A lei permite coisas destas: ao abrigo deste regime as funções de dirigente sindical são consideradas "de relevante interesse social" - o que quer que isso queira dizer - e pesam 15% na avaliação. O resto vem das habilitações (10%) da experiência profissional (30%), valorização curricular (30%). Experiência de ensino, nicles!
Dir-se-á que a lei quer evitar que um sindicalista seja prejudicado na carreira. Compreendo. Mas, então, a lei está obsoleta: devia criar uma nova carreira, que não de docente, que se aplicaria a Nogueira e outros "dinossauros" que fazem do sindicalismo um modo de vida. Ou então obrigar os sindicalistas a voltarem periodicamente ao ensino, para poderem ser avaliados como docentes...Porque não acredito que quem passe 20 anos naquela vida saiba muita coisa sobre o que deve ser a escola moderna.

 

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