Os primeiros Radiotelegrafistas em
Cabo Verde
Durante a II Guerra Mundial
Mobilização e embarque
Três meses depois do reforço das tropas expedicionárias
combatentes chegarem à Ilha de S. Vicente, concentraram-se no Batalhão de
Telegrafistas em Lisboa (Sapadores), uma secção de transmissões constituída por
dezasseis radiotelegrafistas recrutados por escolha em diversas unidades do
país.
Formaram-se quatro equipas de radiotelegrafistas.
Cada uma das equipas era constituída por um 1º. Cabo, um 2º.
Cabo e dois soldados. Chefiavam estas quatro equipas os 1º. Cabos Armindo
Carvalho, António Freitas, Oliveira David e Ferreira da Silva.
Dez dias depois, em 15 Agosto de 1941, sob o comando do 2º.
Sargento Telegrafista António Maria da Silva, estes dezasseis
radiotelegrafistas formaram na parada do Batalhão de Telegrafistas, onde
ouviram palavras encorajadoras do comandante TCor (Eng.º) João dos Santos
Calado. (Os soldados foram promovidos a 2º. Cabos).
Nesse mesmo dia embarcaram no vapor “Colonial” com destino à
ilha de S. Vicente com paragem na ilha da Madeira. A Bordo seguia um conjunto
de caixotes com material de transmissões que eles não chegaram a ver durante os
dez dias de estadia no Batalhão de Telegrafistas.
No vapor “ Colonial” seguiam também várias famílias de civis
com destino a S. Tomé, Angola e Moçambique dentro do programa que foi criado
pelo governo de “povoamento das colónias”.
TCor Man Tm António maria Viegas Carvalho
Continua
Pesquiza de A, Mendes
Belo trabalho de interesse histórico. Como publiquei no Praia de Bote vários fascículos sobre as Forças Expedicionárias a Cabo Verde, tudo isto vem completar o conjunto.
ResponderEliminarSobre uma incorrecção que anotei no texto anterior deste precioso trabalho, o A Mendes fez a rectificação e acabei de deixar lá este comentário, em que respondo também a uma pergunta feita pelo AMendes:
"Amigo Amendes, só agora pude regressar aos comentários porque houve um malware a importunar a minha intervenção. A correcção que fez a respeito da constituição das forças repôs a verdade. Já tinha desconfiado que ter sido apenas um lapso. Quanto ao chamado Regimento de Infantaria 23, não havia uma unidade agrupada ou organicamente integrada com essa designação. Como 3 ou mais batalhões compõem um regimento, apenas houve intenção de criar uma estrutura de comando para enquadrar os batalhões de origem diferente que foram destacados para Cabo Verde. Deu-se-lhe o nome de RI 23. E acima desse comando de regimento havia um comando hierarquicamente superior (à frente do qual estava o brigadeiro Nogueira Soares), já que além de unidades de infantaria havia unidades de artilharia, engenharia e vários serviços.
Muito obrigado, Adriano...Dá-me um prazer especial poder dar espaço às palavras de quem sabe do que fala...É um aval de credibilidade que não tem preço...
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