DIOGO AFONSO - ANTONIO DA NOLI - DIOGO GOMES
Apesar de algumas controvérsias sobre quem e quando, pela primeira vez, descobriu as ilhas de Cabo Verde, devido a falta de documentos fidedignos, é aceite a consagrada tese oficial, segundo a qual as ilhas de Cabo Verde foram descobertas entre 1460 e 1462, por António da Noli e Diogo Afonso.
Entretanto, há quem afirma que Diogo Gomes, embora nunca tivesse sido citado nos documentos da Coroa, poderá ter sido o descobridor das ilhas em 1460, uma vez que ele fez relatos dessa sua chegada a Cabo Verde, ao contrário de António da Noli que, apesar de ter sido mencionado como descobrir no diploma real, não deixou nenhum relato escrito acerca da sua descoberta.
Em todo o caso, é possível que ambos tivessem chegado à ilha de Santiago na mesma viagem. Aliás, Gomes relata ter chegado na companhia de Da Noli mas explica que, na viagem de regresso a Portugal, o seu navio foi desviado do rumo, pelo que o seu companheiro acabou por chegar primeiro ao Reino e declarar ao rei a «descoberta» das ilhas, motivo que, provavelmente, levou o monarca a considera-lo oficialmente como descobridor das ilhas de Cabo Verde (Santiago).
Com base no que já foi dito, pode-se considerar que António da Noli (genovês ao serviço do D. Infante Henrique) e Diogo Gomes (navegador português) foram os descobridores das primeiras cinco ilhas: Santiago; Fogo; Maio; Boavista e Sal, aquando da sua viagem de regresso da «Terra dos Barbacins», no ano de 1460, ainda no tempo do Infante D. Henrique.
As restantes ilhas (Brava, S. Nicolau, S. Vicente; Santo Antão, Santa Luzia e os ilhéus Branco e Raso) foram descobertas por Diogo Afonso em 1460, quando acompanhava António da Noli, que partia para povoar a ilha de Santiago.
Enfim, por tudo isto, o que se pode dizer partindo da documentação oficial é que as ilhas mais orientais do arquipélago de Cabo Verde foram descobertas pelo genovês António de Noli, no ano de 1460, e as mais ocidentais encontradas por Diogo Afonso no ano de 1462.
Entretanto, há quem afirma que Diogo Gomes, embora nunca tivesse sido citado nos documentos da Coroa, poderá ter sido o descobridor das ilhas em 1460, uma vez que ele fez relatos dessa sua chegada a Cabo Verde, ao contrário de António da Noli que, apesar de ter sido mencionado como descobrir no diploma real, não deixou nenhum relato escrito acerca da sua descoberta.
Em todo o caso, é possível que ambos tivessem chegado à ilha de Santiago na mesma viagem. Aliás, Gomes relata ter chegado na companhia de Da Noli mas explica que, na viagem de regresso a Portugal, o seu navio foi desviado do rumo, pelo que o seu companheiro acabou por chegar primeiro ao Reino e declarar ao rei a «descoberta» das ilhas, motivo que, provavelmente, levou o monarca a considera-lo oficialmente como descobridor das ilhas de Cabo Verde (Santiago).
Com base no que já foi dito, pode-se considerar que António da Noli (genovês ao serviço do D. Infante Henrique) e Diogo Gomes (navegador português) foram os descobridores das primeiras cinco ilhas: Santiago; Fogo; Maio; Boavista e Sal, aquando da sua viagem de regresso da «Terra dos Barbacins», no ano de 1460, ainda no tempo do Infante D. Henrique.
As restantes ilhas (Brava, S. Nicolau, S. Vicente; Santo Antão, Santa Luzia e os ilhéus Branco e Raso) foram descobertas por Diogo Afonso em 1460, quando acompanhava António da Noli, que partia para povoar a ilha de Santiago.
Enfim, por tudo isto, o que se pode dizer partindo da documentação oficial é que as ilhas mais orientais do arquipélago de Cabo Verde foram descobertas pelo genovês António de Noli, no ano de 1460, e as mais ocidentais encontradas por Diogo Afonso no ano de 1462.
in "AntinioCV"...
Afinal temos aqui muitos descobridores
ResponderEliminar" Na década de 1450 a 1460 acharam-se as primeiras ilhas do arquipélago de Cabo Verde, ainda que permaneça o mistério da data e do nome do descobridor. O mais antigo diploma que se conhece, uma carta régia de 19 de Setembro de 1462, refere a existência de cinco ilhas - Santiago, Maias (Maio) S. Filipe (Fogo) S. Cristóvão ( Boa Vista) e Lana ( Sal) -- encontradas por António de Noli" em vida do Infante D. Henrique". O navegador " o primeiro que dita achou", logo recebeu o senhorio da Ribeira Brava, na ilha de Santiago, que em 1487 foi transferido para sua filha D. Branca de Aguiar.
ResponderEliminarDiogo Gomes, que na viagem de 1460 encontrou Noli no porto de Zaia, da terra dos Barbacins, deu-a como simples acompanhante na descoberta, visto que ser ele que "avistou ilhas ao longe" e primeiro desembarcou em Santiago. Sucedeu porém,, que o italiano se adiantou no regresso a Portugal e logo recebeu do Infante a doação da ilha" que eu, Gomes descobrira". Também Cadamosto... se arroga a prioridade, colocando o facto em 1456, quando da segunda viagem que efectou à zona de Cabo Verde. Mais recentemente, Fontoura da Costa divulgou a tese de Weder,para quem o achamento ocorreu em 1445, por Vicente Dias, navegador de Lagos, visto na carta de André Branco, de 1448, se encontrar já o desenho de uma ilha de contorno idêntico a Santiago, com a legenda de " inxola authentica". sabe-se que o navegador tomou parte, naquele ano, expedição de Lançarote e regressou sozinho ao Reino, aqui encontrado aquele cartógrafo, então a caminho de Londres, que recolheu a sua informação..Entranto Vicente Dias confidenciou também o resultado da viagem de Cadamosto e este resolveu atribuir-se o mérito da descoberta.
Para Damião Peres, tudo permite crer que é a parceria Gomes-Noli, em 1460, que reúne mais direitos ao achamento. Magalhães Godinho coloca em Maio de 1456 a descoberta da ilha de Santiago, São Filipe e Maio por António de Noli que antecedeu de dois meses a chegada de Cadamosto. Mas Fontoura da Costa, de acordo a teoria de Weder, propõe uma solução mais conciliatória. Vicente Dias foi o descobridor histórico da ilha de Santiago; Diogo Gomes o redescobridor desta ilha e o descobridor das quatro restantes ilhas; e António de Noli, o descobridor oficial das cinco ilhas do grupo ocidental. Na ausência de nova documentação, cremos que possa manter-se o último esquema, vendo o achamento do arquipélago uma operação de várias fases.."
In COMMUNICARE - Mindelo/ U. Lusófona.
----
Nos registo da História Universal há uma certeza inquestionável, comunicando a el Rei: "terra más sabe ca tem na mundo"... respondendo sua majestade: " Te goza e que e a respeites e consideres tua"
Dei-lhe a minha palavra, que assim seria e será!
No seguimento do comentário, o amigo dono do Arroz... terá ade acrescentar mais 2 fotos: Cadamosto e Vicente Dias.
ResponderEliminar...
A minha não vale a pena!
Eu não tenho que acrescentar nada a um texto que não é meu...
ResponderEliminarNão sei se ainda existe, entre a rua Senador e a do Telégrafo um "canalin" chamado Cadamosto...
Muito bom falar de tudo isso. Quando não se aprende relembra-se.
ResponderEliminarRelativamente ao que diz o Zito, entre as ruas de que fala (Senador Vera Cruz e Telegraph) existiu o Canalim de Lombo McLeod (Lombe Maclode). Houve outro, estreitinho, que depressa desapareceu, conhecido por Canalim de Nhô Jom Mills. Lembro-me deste com o seu Austin e de uma sua filha Jenny, minha colega de escola, mas nunca soube da origem desse nome.
Muito bom falar de tudo isso. Quando não se aprende relembra-se.
ResponderEliminarRelativamente ao que diz o Zito, entre as ruas de que fala (Senador Vera Cruz e Telegraph) existiu o Canalim de Lombo McLeod (Lombe Maclode). Houve outro, estreitinho, que depressa desapareceu, conhecido por Canalim de Nhô Jom Mills. Lembro-me deste com o seu Austin e de uma sua filha Jenny, minha colega de escola, mas nunca soube da origem desse nome.
Amigo Val, o Google Earth ainda assinalada a existencia da TRAVESSA DO CADAMOSTO, embora em local diferente daquele que me recordo...Alias, creio que era por detrás do WTC e nela morava o Orlando Vitória, fotógrafo como o pai...Será?!
ResponderEliminarTRAVESSA DO CADAMOSTO
ResponderEliminarEste Canalin, garanto que existia.
Começava por uma subidinha... Passei por lá "ene" vezes.
Se a memória não atraiçoa, começava onde o Telegrafo acabava.
Aqui fico caladinho sobretudo que "Canalim de Lombe Maclode" era nome criole. Ê possivel que seja o que fala o Mendes na medida em nunca vi a toponimia.
ResponderEliminarLi ca tem teima