1850 – Manuel António Martins, um abastado comerciante cabo-verdiano e vice-cônsul honorário dos Estados Unidos, começa a desenvolver um negócio de extracção de sal, em Pedra de Lume, na Ilha do Sal. A salina natural situava-se na cratera de um vulcão extinto.
1919 – Os herdeiros de Manuel A. Martins, vendem a salina e o negócio de produção de sal a uma firma de Bordéus, França, e uma nova companhia é formada, a Societé Salines du Sal.
É, entretanto, instalada uma linha de carris, o que revoluciona a capacidade de transporte do sal para o porto. A linha, de 1.100 metros, permite à companhia deslocar 25 toneladas do produto, por hora.
A companhia cessa todas as exportações em 1985.
No seu auge, a vila de Pedra de Lume era um excelente exemplo de “ cidade-fábrica". Cada edifício, incluindo o armazém-geral, o depósito de água, as residências dos trabalhadores e tudo o resto, literalmente (excepto a igreja), era propriedade da companhia estrangeira.
1920 – Após várias tentativas falhadas para retomar o negócio do sal em Santa Maria, uma empresa portuguesa funda a Companhia do Fomento.
Em 1917, a Companhia do Fomento formou uma parceria com uma firma belga que já fazia negócios no ex- Congo Belga. Este novo mercado teve um papel importante na viabilização económica de Santa Maria, até ao fim da era colonial
Pesquisa de A.Mendes
O incrível é que na minha juventude e enquanto estudante em Cabo Verde nunca ouvi ou li nada sobre o historial desta salina. É o problema dos programas escolares que nos impingem conceitos e conhecimentos genéricos fazendo tábua rasa da realidade que nos rodeia, Aprendi muito sobre o rio Minho e a linha férrea do Norte de Portugal, mas quase nada sobre o Cabo Verde concreto.
ResponderEliminarÉ bem verdade, meu caro,e isso foi um dos erros mais tremendos da centralização administrativa de então...Assim mesmo, há quem nada tenha aprendido sobre os maleficios do centrismo extremo!
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