Da leitura da ultima edição do jornal A Nação, retiram-se alguns dados que poderão responder à interrogação que baptiza este "post"...
"Na década de 2002/2012 os municípios investiram cerca de 24 mil contos (ECV) o que corresponde a uma média de mil contos por edilidade...Entretanto, o município da Praia investiu, à sua conta mais do que o triplo da média: 3,5 milhões..."
"A análise das receitas próprias geradas pelos 22 (!) municípios de Cabo Verde indica que o da Boa Vista é o único que se auto-sustenta no pais...Os restantes, mesmo os do Sal, Praia e S.Vicente, cujas receitas estão acima da média nacional, não se mostram sustentáveis porque as despesas correntes são superiores ao que geram de conta própria..."
Claro que cerca metade destes 22 municípios - nove - localizam-se na ilha de Santiago que, por sua vez, conta com mais de 5o% da população do país...Dos restantes municípios, 3 localizam-se em Santo Antão, outros tantos no Fogo e 2 em S.Nicolau; os outros 6 pertencem a cada uma das ilhas de S.Vicente (e Santa Luzia), S.Nicolau, Sal, Boa Vista, Maio e Brava...
Parecendo evidente que 9 Câmaras em S.Tiago serão um exagero, também as 3 de Santo Antão e Fogo se afiguram demasiadas, mau grado a dispersão demográfica que, por exemplo, não se verifica em S.Vicente, a segunda mais populosa, seguida de Santo Antão, Fogo e Sal, com populações cujo numero atinge os cinco dígitos...
Parece haver, a nivel governamental, a ideia de unificar alguns destes municipios, nas ilhas que comportam mais do que uma estrutura municipal. Claro que, por parte dos edís já se levantam vozes de discordância, o que parece natural: ninguém gosta de perder algumas, mesmo que escassas, mordomias...
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