Por
Gonçalo Amarante
Prof. Joaquim Jaime Monteiro
Homem humilde, sério e de coragem – o Candidato do Povo à Presidência!
Como diz o Livro dos Provérbios, «tudo tem o seu tempo».
Posto que, em Cabo Verde, se silencia tudo o que não vem dos partidos políticos ou dos seus maiorais, verdade abafada, mas apreciada pela Comunidade Internacional, foi a elevadíssima importância da Candidatura do Prof. Joaquim Jaime Monteiro nas Presidenciais de 2011, em Cabo Verde:
Provou que, numa terra pobre como Cabo Verde, os escassos recursos do Estado não devem ser esbanjados nas eleições presidenciais;
Provou que é incorrecto, suspeitoso e condenável qualquer Candidato fazer campanhas milionárias, com recursos de origem suspeita e censurável;
Provou que, para um cargo tão alto e tão exigente em isenção, independência e lisura moral, como o cargo de Presidente da República, não deve ser escolhido, em Cabo Verde, qualquer candidato cuja campanha evidencie recebimento de favores que têm de ser pagos ou compensados pelo eleito, à custa do Povo e da República;
Provou que, em Cabo Verde, o sistema marginaliza e ostraciza os homens de valor, repúblicos e aptos para contribuírem para a melhoria da vida do Povo.
Nada dos homens é eterno.
Cada dia está a tornar mais palpável e mais visível o crescente desencanto do POVO para com os partidos políticos e para com os políticos, aqueles e estes com crédito em queda livre, se não nas ruas da amargura.
Evidenciam este desencanto a abstenção, crescente de Eleições para Eleições, com números alarmantes nas Eleições de 20/Março e de 04/Setembro; a margem cada vez maior de votos conseguida pelos Independentes em detrimento dos principais partidos políticos e até barrando o nascimento de novos partidos e o crescimento dos pequenos partidos, mesmo quando inteligente e corajosamente liderados (a ponto de legitimar a pergunta se esses novos e pequenos partidos não teriam mais votos como Independentes).
Desencanto que já não era sem tempo, pelo que um e outro partido e seus dirigentes, de cada vez que tomam as cadeiras do poder, têm feito para esquecer, prejudicar, “desencantar” o Povo.
Mais um sinal de que este desencanto é real foi a estratégia (vencedora) do Dr. Ulisses Correia e Silva de que seu “partido é Cabo Verde”, o que prova que soube ver a tempo e tirar proveito do desencanto do Povo com os partidos: apostou no homem e no compromisso do homem para com o Povo de Cabo Verde. Nas Autárquicas, mais uma vez, foi a mesma estratégia do “homem” a credenciar e a reforçar outros homens, que eram os candidatos às câmaras municipais.
Passou o tempo em que o Povo se encarneirava atrás de um partido ou de simpatia partidária.
Nesta necessária e saudável evolução política, o Povo procura ver o mérito real do homem a quem dá o seu voto.
Esse mérito real, tem-no o Candidato Joaquim Jaime Monteiro de sobra para se colocar à frente dos ilustres concorrentes, pelo que Joaquim Jaime Monteiro tem feito para o Povo de Cabo Verde, mas que a sua humildade e a sua modéstia o impedem de dizer.
Afirmo de modo bem claro que, se o POVO é JUSTO, o elevado merecimento de Joaquim Jaime Monteiro o coloca à frente de todos os outros ilustres Candidatos.
Encontrava-me a trabalhar em Angola, quando surgiram os terríveis e sanguinários confrontos armados que desembocaram na guerra civil.
Nós, os Cabo-verdianos então em Angola, fomos apanhados na perigosa ratoeira de sermos tomados, por cada força angolana em confronto, como possíveis aliados dos seus adversários.
Nos começos de 1975, os Cabo-verdianos de Huambo foram cercados e estavam em vias de serem chacinados, quando a Organização das Nações Unidas, ONU, providenciou voos (civis) de emergência, para evacuarem os Cabo-verdianos cercados em Huambo e em vias de serem liquidados.
O clima e furor de guerra era tão grande e tão intenso, que, chegados a Luanda, os aviadores ao serviço humanitário da ONU mostraram os perigos que tornavam impossível os voos sem escolta de aviões militares (caças a jacto), que dessem apoio e cobertura aos voos civis contra armas antiaéreas.
Apertados estavam os nossos corações perante a iminência de, nas poucas horas que faltavam, e em que os aviadores não podiam fazer os voos de socorro a Huambo, os nossos irmãos e irmãs, Cabo-verdianas e Cabo-verdianos serem dizimados.
Foi nessa hora de total desespero que, em Luanda, o Prof. Joaquim Jaime Monteiro, na sua coragem e no seu AMOR ao POVO DE CABO VERDE e a CABO VERDE, procurou os Aviadores ao serviço da ONU e, com os seus conhecimentos militares, os convenceu a fazerem os voos, disponibilizando-se ele para, no cockpit, os acompanhar e aconselhar sobre a segurança dos voos.
Chegados a Huambo, esperava-o o duríssimo e quase impossível problema de convencer as hordas armadas que tinham cercado, encurralado e estavam em vias de chacinarem os Cabo-verdianos, porque, alegavam, os Cabo-verdianos de Luanda tinham tomado posição contra eles.
Com a sua invulgar coragem e aquela sua serena presença de espírito (qual o do Santo Padre Leão I para demover Átila), Joaquim Jaime Monteiro conseguiu convencer as hordas armadas a libertarem e a deixarem partir os Cabo-verdianos para Luanda, de onde puderam regressar sãos e salvos para Cabo Verde, graças à coragem, ao valor e sobretudo ao Patriotismo e ao rasgado Amor de Joaquim Jaime Monteiro à sua terra e ao seu POVO DE CABO VERDE.
Nessa altura, a tremenda situação no Huambo e em toda a Angola e o apertado dramatismo das circunstâncias não permitiam e não me permitiram dar um FORTE ABRAÇO ao GRANDE CABO-VERDEANO DE SEMPRE que é JOAQUIM JAIME MONTEIRO!
Em 2011, problemas difíceis de saúde na minha família não me permitiram fazer este artigo de gratidão e de apoio.
Agora vejo que «DEUS escreve direito por linhas tortas», porque agora é o tempo certo, pois, como diz o Livro de Provérbios «tudo tem o seu tempo»: O tempo em que, desencantado com partidos e com políticos, o POVO de CABO VERDE procura votar no HOMEM QUE MERECE.
Os Candidatos são ilustres.
Mas Justiça seja feita, Cabo-verdianas e Cabo-verdianos, nesta hora da Verdade, há algum Candidato que mereça passar à frente de Joaquim Jaime Monteiro? …
– Salvo o devido respeito, perante DEUS e perante os homens, NENHUM!
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