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quinta-feira, 19 de julho de 2012

HA OBRAS EM CASA...

Foram necessários vários anos para o meu senhorio perceber que a casa necessitava de obras...E foi, também, necessário que ele morresse para os herdeiros se darem conta dos problemas com a minha cozinha e a minha casa de banho, coisa para começar na 2ª feira e acabar na 5ª mas que começou na 3ª e não acabará na 6ª...Porquê? Porque o homem se tinha esquecido de tirar as medidas para serem substituídos os mosaicos do chão que, de resto, ainda nem sequer foram comprados e só serão aplicados por altura do Natal. É isso: aprendi algumas coisas sobre eficiência laboral numa obra que deve ser de empreitada, com um pedreiro que trabalha das 9 às 20 com uma hora para almoçar e um canalizador que faz umas horas das 5 às 8...
Por motivos que não me atrevo a desvendar, o canalizador deixa a mala das ferramentas na varanda de acesso ao meu apartamento...Assim, durante a sua estadia de mais ou menos três horas, ele faz dez viagens da casa de banho à varanda, percorrendo cerca de 40 metros de cada vez o que corresponde a quase meio quilómetro...Nas suas mais de 10 horas laborais diárias o homem deve andar o correpondente a meia-maratona o que explica a sua estrutura tipo pele-e-osso...Enquanto isso quem se lixa são os locatários que, em vez de cinco tem que ter a casa devassada dez dias ou mais, com pó por tudo quanto são coisas, porque há um profissional que resolveu fazer o seu "jogging" diário enquanto trabalha... Mas, pressa para quê?! Haja calma que o País espera por nós!
P.S. - É por causa destas obras que o "arrozcatum" está esfriando um pouco...


4 comentários:

  1. Eu fugia!...
    Eu pirava-me!...
    Eu raspava-me em alta velocidade...
    ...para o Mindelo.

    E só voltava no fim das obras.

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  2. Se fosse cabo-verdiano, não haveria problema, pois pelo menos os tijolos seriam para toda a vida, em cimento.

    Braça
    Djack

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  3. Trabalhei anos na Drogaria do Leão, na esquina oposta ao Banco, e um dia uns fulanos da Camara fizeram um buraco na rua, a meio caminho entre o passeio e o eixo da via...Um ano mais tarde, pedi lá em casa que me fizessem um bolo, espetei-lhe uma vela e fomos todos cantar os "parabéns a você"...ao buraco! O Presidente da Camara não gostou da graça e no dia seguinte apareceu um fulano com um carrinho de mão com terra e pedras de calçada, acompanhado de mais quatro funcionários...O homem tapou o buraco, recolocou a calçada e foi-se, acompanhado dos quatro zelosos... capatazes!

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