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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

(6184) - O CENTRO DO MUNDO...



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SEGUNDO HISTORIADOR: Cabo Verde já foi o "centro do mundo"

28 novembro 2013. Publicado em Cultura
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O historiador norte-americano é filho de um cabo-verdiano e desde há vários anos que investiga a história do nosso país, sendo considerado uma referência internacional na matéria. Marcel Balla é também pintor e tem patente no Centro Cultural Português uma exposição subordinada ao tema “550 Anos da História de Cabo Verde em pintura”

O nosso país esteve na "génese do Novo Mundo" e já foi o “centro do mundo”, defendeu ontem, 28, o historiador norte-americano Marcel Balla, aludindo ao facto de ter sido através do arquipélago que, no século XV, se iniciou a epopeia do “achamento” das Américas. Segundo ele, ao longo da História o antigo território português teve um importante papel nos descobrimentos e povoamento de “novos mundos”
O historiador falava num debate, que teve por palco o Arquivo Histórico Nacional, na Praia, subordinado ao tema "Cabo Verde - O Amanhecer da Civilização Ocidental", que juntou durante dois dias (terça e quarta-feira) historiadores e investigadores de Cabo Verde, Estados Unidos da América, Jamaica e Portugal.
De seu nome completo Marcel Gomes Balla, o historiador nasceu em Boston (EUA), é filho de um cabo-verdiano natural da Brava, e tem várias deslocações a Cabo Verde, particularmente à cidade da Praia, onde estão ainda preservados importantes documentos que têm ajudado Balla a investigar a história do nosso país.
Para além do estudo e investigação da História, Marcel Balla é também pintor, e tem patente, desde a última terça-feira, uma exposição no centro Cultural Português, na Praia, subordinada ao tema “550 Anos da História de Cabo Verde em pintura”.
com Lusa
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Não sei se é verdade... Só os portugueses daquele tempo é que saberão mas, se fosse, seria uma grande notícia para Cabo Verde! Tirando o facto de que Cabo Verde já foi importante nas rotas e no povoamento dos novos mundos, não deixaram nada escrito para suportar esta tese ousada, ‘du nombril du monde’ pelo que temos que moderar a nossa bazofaria, pois há muitos candidatos e é uma tese que tinha que ser demonstrada e aceite pelos outros o que é ‘une autre paire de manche’.

Mas a ideia é boa e muito patriótica para os amantes do CV eterno, aquele CV que perdura depois da agitação e do pó assentar.

JOSÉ fORTES lOPES

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2 comentários:

  1. Utilizando palavras de um mail meu sobre este assunto, dizia que nós somos tão pequeninos que nos esforçamos constantemente por fazer das fraquezas forças, o que é louvável. Isso devia servir de força motriz para desenhar o porvir com fé e determinação, mas necessariamente com o sentido das realidades porque o excesso de auréola não faz bem, sobretudo se desfocada dos seus pontos nevrálgicos essenciais. Acho que esta conclusão histórica do senhor Marcel Balla não deve ser motivo para deslumbramentos porque isso não faz qualquer sentido. Em primeiro lugar, porque se alguém poderia colher daí dividendos seria Portugal, que descobriu, povoou e explorou as ilhas enquanto pôde e como pôde, especialmente como importante entreposto do comércio de escravos, comércio que encaixava com a lógica e os princípios morais então dominantes, porque até a Igreja Católica a aceitava e aproveitava. Mas seria paradoxal que o Cabo Verde independente se ufanasse com esta conclusão, sabendo-se como se sabe que as motivações nacionalistas em que se fundou o ideário da independência têm na escravatura, e indiscutivelmente, uma página negativa da história do território. Mas os paradoxos não nos largam, nem a tessitura da história deles se livra. É que se não fosse a escravatura provavelmente o povo cabo-verdiano não existiria, como é fácil de perceber.

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