O PAICG prometeu tratá-los com humanidade. Portugal acreditou, pagou-lhes seis meses de ordenado e pediu-lhes que entregassem as armas. Ainda que renitentes, os 27 mil militares guineenses do Exército português aceitaram. Mal as autoridades portuguesas abandonaram o país, logo o novo poder executou os primeiros.. Mortes reconhecidas na sinceridade das certidões de óbito: “faleceu por fuzilamento”, diziam. As autoridades guineenses pós-Luís Cabral falam em 500 mortos. O jornal “Nô Pintcha” chegou a publicar uma lista de nomes. Mas os sobreviventes calculam que pelo menos um milhar terá comparecido diante do pelotão de fuzilamento - alguns em aeroportos e campos de futebol, diante das populações.
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"Não se sabe ao certo quantos morreram, mas foram muitos milhares"...
ResponderEliminarExcertos do jornal "Nós Pincha", de 29.11.1980:
" Em seis anos de independência total da nossa terra, 500 pessoas foram fuziladas, sem julgamento e enterradas em valas comuns nas matas de Cumerá, Porogolo e Mansabá.
" Massacrados pelo regime de Luiz Cabral.
" sabe-se que muitos camaradas das FARP, que discordavam do regime e das injustiças de que eram alvo, elementos do grupo de Malam Sanhá e antigos comandos africanos criados pelas autoridades do colonialismo português na nossa terra, foram mortos pelos Serviços de Segurança do governo desposto.
" Deviam ser julgados, mas tal não aconteceu. O regime de Luiz Cabral violou flagrantemente as normas dos Direitos Humanos, e nenhum dissidente foi levado a tribunal. " FORAM EXECUTDOS BARBARAMENTE NO MEIO DA FLORESTA"
" O crime pelos massacres é assim imputado a Luiz Cabral, e sua execução aos serviços dirigidos por Buscardini"...
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palavras minhas:
O Conselho da Revolução, acreditou (?!?!) na bondade e na palavra da das autoridades militares da Guiné...
Pagou-lhes seis meses de pré e abandonou-os à sua sorte!
Assim, o crime não deve ser unicamente imputado ao governo de Luiz Cabral"
A história repetiu-se em Angola e Moçambique... em muito maior escala!!!
Correção:
ResponderEliminar"governo deposto"
Isto é uma mancha inapagável na História de Portugal. Como puderam as autoridades portuguesas acreditar no PAICG e deixar aqueles homens entregues à sua sorte? Direi mais que é uma vergonha para a instituição militar, e é tanto mais incompreensível quanto sabemos que o poder de decisão estava nas mãos do MFA. Como militar que sou, partilho o peso desta imensa vergonha que temos de carregar pelo tempo fora das nossas vidas. Quem combateu sabe que há valores que pertencem a códigos de honra que nada, mas absolutamente nada, têm a ver com a política e as suas torpezas. Um velho oficial disse-me um dia quando eu era jovem: "não te esqueças de que os teus homens morrerão por ti se lhes deres bons exemplos. Não morrem pela pátria, morrem é por ti".
ResponderEliminarCaro camarada Adriano Lima
ResponderEliminarComo ex-combatente ( angola 61-63) comungo das suas palavras.
Permito-me acrescentar:
Esta senda criminoso não deve ser unicamente imputada aos militares do MFA... no rol deve-se incluir embaixadores, repito: EMBAIXADORES E ALTOS COMISSÀRIOS, nomeados pela célula do PCP no MNE...