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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

[7617] - O LUSITANO GÁS...


Nestes últimos dias têm aparecido na Rede diversas referencias ao "gás natural" que existirá, em quantidades industriais, na zona de Torres Vedras, com referencias a um poço de gás que, tendo ardido durante meses, foi mandado selar em 1974...O que não evita que, segundo parece, a Engenheira Isabel dos Santos, ande a comprar terrenos nas imediações, coisa que, naturalmente, cheira a gás...
Andámos por aí a vasculhar informação fidedigna sobre o assunto e demos com um extenso documento de que vamos transcrever algumas passagens das "Conclusões"...Trata-se do Relatório-Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Geológica e de Minas, apresentado a um júri do Instituto Superior Técnico, em Outubro de 2011, pelo Engenheiro José Pedro Mesquita Martins dos Santos Baptista...Julgamos que as  breves palavras que se seguem são, no entanto, suficientes para, como sói dizer-se, colocar a pulga atrás da nossa orelha...

"A prospecção e produção deste recurso no nosso país constitui uma enorme mais-valia económica, tecnológica e social. Este facto materializa-se na redução da dependência energética do exterior, criação de mais-valias para o estado (contratos de concessões, royalties, entre outros), criação de emprego, introdução de valências industriais e o incentivo à formação de quadros qualificados para desempenhar as tarefas necessárias às operações de prospecção e produção.
Concluiu-se também que, para além de prospecção de gás natural convencional, fará sentido, na zona emersa da bacia Lusitaniana, realizar trabalhos mais aprofundados de prospecção de shale gas e tight gas.
À partida, quando se apresentam evidências de um recurso convencional, como é claro nos poços estudados, aplicando a teoria do triângulo de recursos, sabe-se que existem também em muito maiores quantidades recursos não convencionais mas mais difíceis de produzir. No caso específico do shale e tight gas, sabe-se que as litologias dos reservatórios mais conhecidos internacionalmente são litologias que não são estranhas à bacia Lusitaniana.
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Todas as litologias descritas da Bacia, nas formações estudadas (Brenha e Candeeiros), enquadram-se perfeitamente no triângulo onde se “balizam” os reservatórios de shale e, por conseguinte, não é possível ignorar a possibilidade de existência de reservatórios com tais características."

2 comentários:

  1. Como se diz em crioulo, "esse fejon te tucim". É preciso ver que a engenheira Isabel dos Santos parece conhecer bem os terrenos que pisa. Uma pergunta; ela tem passaporte português?

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  2. Face aos acontecimentos recentes àcerca dos Vistos Gold, não duvido que, em Portugal, ela se sinta em casa...

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