Páginas

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

[7579] - A SAÚDE ESTÁ MORIBUNDA...




D. Maria do Carmo, cerca das 16,00 horas do dia 1 de Dezembro, no Centro Comercial Alegro, numa das margens da chamada Estrada do Duque d'Ávila, (EN 117), teve um desfalecimento com perda de conhecimento o que provocou uma queda sobre o pavimento que, como se veio a verificar mais tarde, terá fractura o colo do fémur esquerdo..Aliás, vitima de uma escorregadela, já 15 dias antes havia fracturado o úmero do braço direito..
Tendo aguardado cerca de 30 minutos por socorro, pois o 112 não respondeu a uma primeira chamada o que só se conseguiu graças à intervenção dos agentes da PSP destacados no local, através do seus meios próprios de comunicação, por um aberração do sistema foi levada para o Hospital de S.Francisco Xavier, quando reside em Queluz e já têm um historial médico no chamado Hospital Amadora-Sintra... 
Aí, entre as 17,00 horas e as 03,30 do dia seguinte - 2 de Deembro - foi sendo radiografada, sujeita a análises de sangue, tomografias computorizadas, etc etc, do que terá resultado um completo e pormenorizado "dossier" dos Seriços de Urgência do Francsco Xavier para o Amadora-Sintra para onde, dado o adiantado da hora, foi acordado transferir a doente apenas na manhá que, aliás, se aproximava...
Entre informações desencontradas e até antagónicas obtidas através de dificeis telefonemas, a manhã foi-se esgotando, tendo D. Maria do Carmo sido recebida no Serviço de Urgencia do Amadora Sintra cerca das 11,00 horas...E, aí, teve início outro calvário que resultou no seu acolhimento ao Serviço de Observação, cerca das 04,00 horas da madrugada do dia 3 de Dezembro...Mas - perguntar-se-á - porquê? Porque, pura e simplesmente, fazendo tábua rasa do bom trabalho dos seus colegas do Francisco Xavier, conseguido ao longo de longusíssimas  oito horas, os ilustres clínicos do Amadora-Sintra determinaram que todos os exames, análises e etc. fossem REPETIDOS...não se dando, sequer, ao incómodo de passar uma vista de olhos pelo "dossier" trazido do Hospital Francisco Xavier...
Entretanto, após 48 horas de hospitalização entremeada  de perambulações entre Pilatos e Herodes, Dona Maria do Carmo, com um úmero e um fémur fracturados, continua numa maca no S.O. do serviço de cirurgia-ortopédica, porque não há cama vaga no Hospital...
Fui ve-la, hoje, ao meio-dia, num sistema que só permite a presença do uma pessoa por doente, com marcação prévia, um cuidado talvez de louvar em defesa da  operacionalidade dos profissionais de saúde e do bem-estar dos doentes, prúridos organizacionais que, infelizmente, não têm correspondencia nos cuidados devidos aos doentes pois, como constatei, não tinham sido dispensados medicamentos que têm que tomados de 12 em 12 horas, desde as 17,00 horas de ontem...A falta de alguma da medicação em causa pode provocar agravamentos de grande melindre pelo que, o laxismo que se detecta no funcionamento desta unidade pode levar a situações sem retorno em que o utente e os seus familiares são, sempre, os primeiros destinatários...
Não sei que sequelas clínicas poderão advir da situação relatada em que, logo à partida, se desvenda uma queda especial para o esbanjamento de recursos, ao mandar fazer exames, análises e outros, à revelia do que, no mesmo sentido, já outros colegas havíam concretizado...
Praze a Deus que o "deixa  andar" que se respira nos corredodes do Amadora-Sintra não se venha a reflectir na saude e bem-estar de D. Maria do Carmo porque, nessa altura, é bem capaz de caír o Carmo e a Trindade!

P.S . Actualização às 21,30 de 3.12.2014:


- Após 46 horas deitada numa maca, práticamente abandonada no S.O. do Hospital, D. Maria do Carmo teve direito a uma cama a sério, com comando eléctrico, e tudo - um luxo - no Serviço de Ortopedia do 4º piso, num quarto simpático com  mais duas pacientes...Jantou bem, apresenta outro aspecto e a famíla respirou de alívio, depois de práticamente três dias para esquecer (ou talvez não...)! Parece ter subido do inferno aos céus!

7 comentários:

  1. Querido amigo,
    Deixo aqui meu abraço e votos de conforto e melhoras.
    Vibrarei o Om sagrado pela saúde dela!

    ResponderEliminar
  2. Em Portugal, nestes dias de hoje, mais vale ser jovem, são e rico, e não precisar das urgências hospitalares porque senão, a aflição estará sempre a espreita. Acontece que a mulher do nosso muito amigo Zito Azevedo, a cabo-verdiana e muito conhecida D.Maria do Carmo, precisou dos serviços da urgência hospitalar , e começou o calvário digno de um país do 3º Mundo, sobretudo quando se trata de pessoas idosas, e que nos relata nesta crónica do dia 1 de Dezembro, dia que já não é festejado em Portugal.

    ResponderEliminar
  3. Amigo, vim ao blogue com a finalidade de deixar uma palavrinha a exprimir o desejo de rápido restabelecimento para a sua esposa, supondo em devido tempo realizada a intervenção cirúrgica, e sou colhido de surpresa com a revelação do impasse e das atribulações de que nos dá conta. O país está a andar para trás à grande velocidade mas quando o Serviço Nacional de Saúde é atingido desta forma temos de ficar preocupados. Vá dando notícias. Os meus votos são por que tudo se resolva depressa a bem da saúde da Dona Maiúca.

    Um abraço de solidariedade.

    Adriano

    ResponderEliminar
  4. Zito amigo
    Também eu aqui vim agora na esperança de encontrar noticias normais. E elas seriam que a D. Maria do Carmo teria sido tratada com a urgência que o caso e a idade requeriam, e que embora doente e com o desconforto inerente, estivesse em repouso a aguardar o tempo necessário para a respectiva cura. Nunca me passaria pela cabeça que fossem precisos 3 dias de sofrimento, para ter finalmente uma cama. Isto brada aos céus... Ali práticamente abandonada, até lhe podia ter sido fatal. E o Zito vêla assim, como se terá sentido mal... Só desejo que o pior tenha passado, e não tenha deixado marcas.
    E que as melhoras embora lentas sejam continuas.
    Abraço amigo, e votos de coragem.
    Dilita

    ResponderEliminar
  5. Do pouco que tenho observado (ultimamente mais), parece-me que um dos maiores problemas dos nossos hospitais é o dos serviços de urgência. Ou seja, o problema é subir aos andares superiores. O drama é mesmo o do piso térreo, onde se "morre", esquecido... Mas depois, quando o paciente sai da urgência e vai para o serviço para onde de facto deve ir, a coisa melhora substancialmente. O hospital Garcia de Orta, Almada, é um desses. Fujo da urgência dele a sete pés e quando há aqui por casa um problema qualquer, nunca para ali nos dirigimos, não vamos ficar 10 horas sentados numa cadeira, à espera de atendimento. No entanto, familiar afastado que ali tive, passado esse calvário da urgência, foi muito bem tratado e não houve no seguimento do caso a mínima razão de queixa.

    Abraço ao atum e legítima, com votos de consolidação óssea.
    Djack

    ResponderEliminar
  6. TEM RAZÃO, JACK: O PROBLEMA E ATRAVESSAR O FURACÃO...UMA VEZ PARA LÁ DO OLHO, É COMO SE MUDÁSSEMOS DE PAÍS!!!
    Braça
    Zito

    ResponderEliminar
  7. Sinceros votos de melhoras à "Madame Zito". Como as coisas se apresentam, vamos ficar
    preocupados so com o vulcão, esperando que não envie cinzas por cima da ilha da Maiuca.
    Que não se preocupe em andar jà. Nada de correrias para que fique mesmo bem curada.
    Braças e mantenhas

    ResponderEliminar