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sábado, 6 de dezembro de 2014

[7582] - A SAÚDE ESTÁ MORIBUNDA - CENA 2 ...

D. Maria do Carmo. devia ter sido operada às duas fracturas, no braço direito e na perna esquerda, ontem, às 16,00 horas...
Desceu para o Bloco Operatório cerca das 16,30 e, por volta das 18,00 horas, fomos contactados por uma enfermeira, segundo a qual a cirurgia não teria lugar, por falta de um determinado exame...
Causa espanto, para não lhe chamar outra coisa, que somente a minutos de operar quem quer que seja se descubra a falta de um maldito exame...
Mas, minha filha Paula tinha tido o bom  senso de deixar no quarto da mãe, o "dossier" completo trazido do Hospital de S. Francisco Xavier, onde constavam todos os exames e análises ali efectuados e que, aliás, a médica de Medicina Interna do Amadora-Sintra informara, dois dias atrás,  haver digitalizado para o processo de D. Maria do Carmo...
Solícita, a enfermeira terá ido ao quarto da doente em busca de tal "dossier" que remeteu ao Bloco Operatório, adiantando que, por volta das 20,00 horas "diria qualquer coisa"...
E disse...Disse que, afinal, D. Maria do Carmo não seria operada, não por falta de qualquer exame, desta feita, mas porque, simplesmente, não havia espaço disponível na sala de recobro pós operatório e que, dada a idade da paciente, não queriam correr riscos desnecessários!
As cirurgias de ortopedia ocorrem, naquele hospital, às 2ªs, 4ªs e 6ªs...Ora, como na próxima segunda-feira é feriado, não há operações para ninguém e D. Maria do Carmo será operada, se não faltar nenhum exame e houver espaço na sala de recobro, na próxima quarta-feira, nove dias depois do acidente que lhe fracturou o colo do fémur e vinte dias depois de ter fractura o úmero...
Só me ocorre, neste momento, uma interrogação: será que nenhuma das imensas cabeças pensantes que concorrem para o agendamento de uma operação cirúrgica para as 16,00 horas de determinado dia, sabia, com imenso tempo de antecedência que, àquela hora, a sala de recobro estaria lotada? Porquê, então, sujeitar a doente e os familiares a uma tal pressão, para já não falar do jejum forçado da paciente, que esteve cerca de 24 horas sem comer?
Oxalá que este drama não tenha uma cena 3...

18 comentários:

  1. Isto dá-me arrepios !!!
    E eu que, sempre pensei sair daqui para Portugal, mais precisamente para Lisboa ou seus arredores... Agora fico dubitativo e cheio de pena. Pena pelo que passa a "Madame Zito". Também tenho mais reticências relativamente à mudança, o que cria em mim mais saudades dos amigos e de coisas que ali temos e que aqui são muito diferentes. Apetecia também dizer uns considerandos relativamente aos cuidados médicos para se fazer uma pequena comparação mas prefiro esperar para depois da intervenção, não vá enervar os ilustres clínicos e suas equipas de distraídos.
    Coragem, Maria do Carmo! Primeiro tem a sua "metade" sempre aos cuidados, segundo os seus mais próximos e depois nós todos.
    Abraço

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  2. Coragem, Zito, para aguentar mais essas contrariedades.
    Eu não entendo ; então essa espera de tantos dias não é prejucial num caso de fraturas?!
    E o tempo que medeia deprime e fragiliza o doente. E a familia impotente para lhe dar saúde, quanto sofre calada.
    O nosso serviço de saúde já foi...
    Se os meus desejos de cura rápida valêssem, D. Carmo já estaria boa.
    Abraço forte.
    Dilita

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Zito, por mais este episódio confesso que não esperava, pois a estas horas contava saber de boas notícias, que só podiam traduzir-se na realização da intervenção cirúrgica e no início de uma franca recuperação da esposa. Para este caso, que não devo ser único, temos de ir às suas verdadeiras causas: cortes significativos que o Serviço de Saúde tem sofrido em Portugal. De facto, parece que estamos a retroceder de forma preocupante e se não houver quem diga alto e pára o baile, ainda poderemos chegar a níveis terceiromundistas. Em 1993, a minha mãe, estando em Cabo Verde, caiu na banheira e partiu o fémur. Foi evacuada para Portugal e logo no dia seguinte operada, com bons resultados. Não houve contratempos ou constrangimentos de qualquer espécie. Penso que nenhum controlo de défice orçamental devia levar um país da UE a andar para trás nos padrões médios europeus de uma área sensível como a Saúde. No entanto, nem tudo se explica pelo corte de verbas. Pelo que vem contando, estamos a assistir a situações em que é patente a desorganização dos serviços e aquilo que me parece ser incompetência ou incúria.
    Só lhe posso desejar que tenha coragem para suportar estas atribulações.

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  5. O que acabo de ler é de gritos. A saúde em Portugal anda nas ruas da amargura, misturada com manifesta incompetência. Não se pode inflingir tamanha tortura a ninguém mormente a uma senhora daquela idade que merecia todo carinho.

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  6. Cena de horror, ao nível do Burkina Faso. Coisa de canalhas, acobertadas por políticos inqualificáveis. Neste caso, só desejo duas coisas: que a doente se ageuente e recupere e que alguém da família do ministro da Morte sofra o mesmo.

    Braça com fé num final feliz,
    Djack

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  7. Sobretudo, minha Senhora, tenha paciência e um pronto restabelecimento.
    A sua "aventura", o que se passou consigo, dà calafrios.
    Um abraço

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  8. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  9. Obrigado, meus amigos, pelas palavras de conforto, bem-vindas nestas horas de tanta amargura...Ontem, fui "amansado" com a informação de que a falta de espaço na sala de recobro se ficou a dever a um numero inusitado de urgências, com acidentes motorizados à mistura, etc. etc... Referencio estes factos por um imperativo de imparcialidade, apenas...Na realidade, o mal está a montante desta ultima cena, pois não fora o doloroso calvário dos Serviços de Urgencias e D. Maria do Carmo teria sido intervancionada na passada quarta-feira! O resto, é conversa!

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  10. De tão bizarro dispensa comentários.
    Daqui torço que tudo logo tenha andamento os libere deste lugar e ela tenha uma boa recuperação.
    A braços afetuosos e encorajadores

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  11. Que tudo corra bem e que a família tenha tranquilidade. Força à paciente! Desejos de rápidas melhoras e de um bom restabelecimento !
    Depois do sucedido e destas "mal-aventuranças" hospitalares que tudo corra bem...E vai correr!

    Abraços amigos
    Ondina

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  12. Quais são as últimas novidades... novas, recentes e últimas? Esperemos que boas!

    Braça,
    Djack

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  13. Eu estava convencido que, aos 80 anos, já nada me surpreenderia...Engano meu! O Amadora-Sintra consegue, até, surpreender Belzebu...D. Maria do Carmo, dizia-se ontem às 18,00 hrs, seria a primeira a ser operada, hoje, de manhã...Há cerca de cinco minutos, fomos supreendidos com a noticia de que só seria intervencionada à tarde, depois de vista por um neurologista, ela que foi vista por um no Hospital S.Francisco Xavier que mandou fazer uma TAC que está anexada ao processo...Novas informações, só às 11,30 mas, a minha paciencia está a chegar a um limite perigoso!
    Sauidações amigas
    Zito

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  14. Descoordenação completa, bandalheira total.

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  15. Noticias às 11,44 - D, Maria do Carmo que devia ser a primeira a ser operada hoje, de manhã, vai voltar à enfermaria pois, dizem, só será operada à tarde...Uma só palavra: GROTESCO!!!
    Saudações
    Zito

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  16. Tomar o mal em paciência. Que mais dizer. Votos que tudo se resolva o mais rapidamente possível

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  17. Chega a ser merecedor de estudo esta sucessão de atribulações. Mas que ao menos hoje tudo se resolva.

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